quinta-feira, 18 de junho de 2009

“Da África para o Brasil, os negros eram transportados nos porões de navios negreiros ou tumbeiros. Sem higiene e mal alimentados, muitos morriam durante a viagem e eram lançados ao mar.
Sentiam saudade e solidão. Eles habitavam diferentes regiões africanas, pertenciam a diferentes tribos (?) e, portanto, não se conheciam, nem falavam a mesma língua.
Propositadamente, os traficantes reuniam negros de diferentes famílias e de diferentes tribos, pois os portugueses temiam que eles pudessem se unir para organizar revoltas.”
“Na Bahia, a maioria dos colonos comprava escravos para trabalhar nos engenhos de açúcar do Recôncavo. Alguns os compravam para revender, alugar ou trocar.
O negro escravo não tinha nenhum direito sobre sua própria vida. Pertencia a seu senhor, que impunha sua língua, sua religião e seus costumes. Além disso, humilhava-o e aplicava-lhe castigos impiedosos (...)
No engenho, os escravos moravam na senzala, construção precária onde se amontoavam até mais de cinquenta pessoas. Muitas delas não tinham janelas, mas pequenos orifícios bem altos e gradeados.”
(Albani Galo Diez.Segredos da Bahia )

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