sexta-feira, 23 de outubro de 2009

DIA "A" DA ARTE NA ESCOLA.'



No dia 20 de outubro aconteceu a Exposição de Arte na escola. O evento foi organizado pelas coordenadoras Alessandra e Euricléia, a profª Ana Emidia, os professores Herbate e Neilton. Foram expostos trabalhos de artes visuais realizados durante o ano, peças teatrais, música. Foi uma tarde divertida! Além disso, também foram realizadas oficinas: papel machê (prof. Neilton), tear (profª Ana), hip-hop (prof. Beto), teatro (prof. Mari), jogos (prof. Robson e prof. Herbate) e karaokê (profª Leila e Vaudenira). Os professores Israel e Edivaldo participaram da sala de artes plásticas e a profª Vera do cantinho da leitura.


Nas oficinas as alunas e alunos puderam aprender uma nova técnica artística, utilizando a sua criatividade e demonstraram bastante interesse; notamos poucas pessoas transitando pelo pátio (mais de 90% participou de uma das atividades)! Segundo a Unesco a arte é um instrumento socializador que promove mudanças na estrutura emocional das/dos adolescentes e diante do sucesso na realização dessa exposição podemos comprovar isso. Foi possível constatar a participação, inclusive, de alunas e alunos que não se sentem atraídos por nenhuma ou pouquíssimas atividades ou provocação na sala de aula, assim como a euforia de alunas e alunos, que se mostram tímidos durante a aula, para mostrar seu trabalho para as outras pessoas.




aula viva, grupos 12 e 13


No caminho da olaria.

que tristeza: o lixão voltou!


Lixão no campo de bola. Foto tirada no dia 19 de outubro de 2009.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

mapa de irecê


RELATO Nº 2

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BAIRRO SÃO FRANCISCO DE ASSIS
UMA HISTÓRIA REVELADA SOB O OLHAR DAS ALUNAS E ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL II


Toda prática educativa demanda a existência de sujeitos,
um que, ensinando, aprende, outro que, aprendendo,
ensina.”
(Paulo Freire, Pedagogia da Autonomia p. 77)








A PESQUISA
Depois de termos feito as primeiras entrevistas tudo nos pareceu mais fácil, mais real, mais POSSÍVEL. As turmas se encheram de entusiasmo_e eu também! Mais uma vez planejamos as entrevistas, desta vez, sem a filmadora, teríamos que escrever as respostas. Com uma semana de antecedência elaboramos em grupo as perguntas a serem feitas às moradores e moradores. Ainda escolhemos as pessoas responsáveis por agendar as entrevistas. No grupo 14 Bruna ficou responsável por contatar dona Li, mãe do ex-aluno Iago e funcionária do PSF do bairro; Geisiane, por conversar com Sebastião, agente de saúde. No grupo 13 Tallysson agendou com dona Rita, avó de Maria; Yara e Vanessa, com “seu” Lizô, pai desta última.


No dia 07 de outubro saímos às ruas munidos de caderno, lápis, caneta e máquina fotográfica para entrevistar duas dessas pessoas: Sebastião e dona Rita. Um grupo na segunda aula, o outro na quarta. Ambos nos deram informações importantes.


Sebastião Marinheiro de Sousa, que mora há 29 anos aqui, falou sobre as diferenças que ocorreram no bairro, contando-nos sobre como era na sua infância e como algumas coisas mudaram com o tempo: as brincadeiras e formas de diversão das crianças, as/os profissionais do bairro, as moradias, a comunicação, as religiões e a estética das pessoas. Mas a principal diferença no bairro, segundo ele, foi na educação e conscientização da população, que fez com que a violência diminuisse muito. Apesar disso, dificuldades existem, ele aponta como maiores a gravidez na adolescência e o abandono da escola, o que dificulta a vida adulta.


Dona Rita Maria da Conceição, mora a bastante tempo no bairro, quando chegou aqui tinha pouquíssimas casas. Ela nos contou como faziam para comprar gêneros alimentícios naqueles dias (nem na Boa Vista tinha um mercado!), falou da lavanderia, como era a distribuição da água no chafariz. Acha muito bom que agora não é mais preciso comprar água doce para beber como nos tempos do chafariz; mas também diz que o bairro precisa de uma delegacia, porque a da cidade fica muito distante.


As pessoas têm sido bem receptivas e nos acolhido com alegria. As turmas estão organizando-se cada vez mais. Além da oportunidade de levantar e registrar a História da sua comunidade, as alunas e alunos estão tendo a oportunidade de sair da escola e para continuar é necessário manter um comportamento adequado e já estão compreendendo isso. Espero que continuem assim. Responsabilizar alguém da turma pelo agendamento das entrevistas também é uma forma de fazê-las e fazê-los cada vez mais produtores do projeto. Deste projeto que aos poucos estamos conseguindo tornar concreto!






BAIRRO SÃO FRANCISCO DE ASSIS UMA HISTÓRIA REVELADA SOB O OLHAR DAS ALUNAS E ALUNOS DO ENSINO FUNDAMENTAL II



Dona Zai




RELATO Nº 1

A história e o folclore são meus
mas os livros foi você que escreveu
quem garante que Palmares se entregou
quem garante que Zumbi você matou
perseguidos, sem direitos, sem escolas
como podiam registrar as suas glórias
nossa história foi contada por você
e é julgada verdadeira como a própria lei”
(Palmares, Natiruts)


INTRODUÇÃO
Durante o 3º bimestre deste ano desenvolvemos o projeto HISTÓRIA DO BAIRRO, visando conhecer e sistematizar a História do Bairro São Francisco de Assis, fazendo-a conhecida de outras pessoas. A idéia desse projeto surgiu com o professor Herbate, no ano passado. Este é um trabalho muito diferente de todos os já postos em prática na escola: enquanto nos outros trabalhos é a professora/professor quem conhece o conteúdo, neste são as alunas e os alunos quem o conhecem, pois estamos tratando de sua história, a história do lugar onde elas e eles vivem. O resgate dessa história e sua valorização são tomados aqui como um meio para aumentar sua auto-estima como sujeito construtor da História e a sistematização dessa história uma forma de tornar a história do bairro como as demais histórias, não estática, mas oficial, registrada e as alunas e alunos produtores dessa transformação.






CONTEXTUALIZAÇÃO
A Escola M. Luiz Viana Filho está localizada no bairro São Francisco, atende desde crianças do grupo 5 (pré-escola) até adolescentes do grupo 14 (9º ano). A indisciplina é grande a muito tempo e sempre se buscou as suas causas dentro da sala de aula. De alguns anos para cá temos tentado compreendê-la como algo trazido de fora da escola pelas alunas/ os alunos. E por quê isso acontece e acontece tão intensamente nesta escola? Bem, o bairro tem muitas necessidades e suas moradoras e moradores têm passado por muitas privações e dificuldades, às vezes percebe-se um abandono do bairro por parte dos setores responsáveis: há escuridão em algumas ruas por falta de manutenção das lâmpadas dos postes públicos; as ruas não são calçadas e a terra causa alguns prejuízos, sobretudo na saúde das pessoas; muitos, na falta de melhores trabalhos, estão no subemprego; insuficiência de policiamento; falta de moradia digna para grande parte das famílias; baixo nível de escolarização, a maioria das pessoas que terminam o ensino fundamental não continuam os estudos por causa da distância das escola de ensino médio; além disso, as únicas instituições públicas presentes no bairro são a escola e o posto de saúde. É claro que a escola não tem poder para resolver todos os problemas, mas pode trazer para a sala esses problemas sob um olhar crítico.


As turmas envolvidas neste trabalho são os grupos 11 ao 14 e, exceto os grupos 11, já foram minhas alunas e alunos. Tento desenvolver um trabalho sempre voltado para as experiências das alunas e alunos e desta vez, não só a sua própria história, mas a história do bairro onde vivem. As famílias são pobres, não têm condições de atender a todas as necessidades de suas filha e filhos . Mas por quê isso acontece enquanto outras famílias dispõem de tudo? Possivelmente as condições em que o bairro foi criado e em que as famílias chegaram a ele explica uma parte do problema.






A PESQUISA
No início do 3º bimestre foi apresentado às turmas o plano de trabalho, discutimos a sua importância ( todas e todos gostaram da proposta) e após pedi-lhes sugestões para melhorar o plano. Lembrei-lhes que esse trabalho seria totalmente uma pesquisa de campo, haja vista que não existem livros sobre o bairro, o único registro escrito sobre a história do bairro é um texto da professora Vera Lúcia, por isso seria necessário elaborar atividades de campo: fotos? entrevistas? visitas? quem entrevistar? No grupo 14, Cleiziane sugeriu que procurássemos as moradoras e moradores mais antigos. Essa parte foi uma das mais importantes do trabalho porque são elas e eles que conhecem o bairro, sabem quem podemos visitar e quem devemos entrevistar. O meu papel foi exatamente o de pedagoga, ou seja, de organizar o trabalho que, na verdade, é das turmas. Desde 2004 tento desenvolver projetos com planejamento participativo, alguns deram certo, entretanto para mim este é o mais satisfatório.


Depois do plano revisado, listamos em cada turma as pessoas que poderíamos visitar e entrevistar. Alguns nomes foram repetidos e várias moradoras e moradores foram lembrados, alguns por serem avós de colegas, outros por serem sabidamente os mais antigos no bairro. Listamos: D. Zai, d. Cecília, Sebastião, d. Maria Pinheiro, sr. Dedé, d. Gerulina, d. Dete, sr. Ângelo, d. Deja, sr. Raimundo, sr. Narci, sr. Valdemar, d. Francisca, d. Neném, Doge, d. Márcia, d. Rita, d. Valmira, d. Leniê, d. Flor, sr. Lizô, d. Luzia, d. Jovina, sr. Wilson e o prof. Neilton. É uma boa lista para começar.


Antes de sairmos a campo fizemos a leitura de algumas partes do texto da profª Vera, conversamos sobre o bairro e alguns desenhos que o representam. Descobri que alunas e alunos como Alice, Caio, Tainã, Paulo e Geovane Pinheiro sabem muita coisa sobre o bairro, suas avós e seus avôs, que foram alguns dos primeiros moradores, transmitiram-lhes a história.


Infelizmente precisamos parar o trabalho sobre o bairro para trabalhar o tema do desfile de 7 de setembro, então só na metade do mês de setembro é que o retomamos. No dia 23 de setembro realizamos as primeiras entrevistas; nossas primeiras entrevistadas foram dona Zai, dona Flor e dona Maria Pinheiro, depois entrevistamos Amaraí. Antes de sair para entrevistar, elaboramos as perguntas que seriam feitas. Para estas entrevistas solicitamos ao Ponto de Cultura que fizesse uma gravação em vídeo. O objetivo é produzir um documentário sobre o bairro.


Dona Zai, ou melhor, Belzair Damasceno, foi quem organizou as mulheres para irem até a prefeitura solicitar do prefeito um lugar para morar, foi uma das primeiras a chegar ao bairro e mais tarde trabalhou na escola como merendeira. Não precisamos utilizar as nossas perguntas, porque ela foi contando tudo: como viviam perto do ginásio de esportes, a ida à prefeitura, a chegada ao bairro, os primeiros anos aqui e as mudanças que foram ocorrendo letamente, amenizando o sofrimento e a miséria.


Dona Maria Pinheiro chegou no bairro depois de dona Zai, mas também foi uma das primeiras a chegar. Ela relatou a dificuldade que era morar aqui e ir trabalhar tão longe, o que aconteceu e acontece ainda com muitas pessoas. Também se lembra de muitas coisas dos primeiros tempos do bairro: a água que vinha da cisterna, do chafariz na praça, da lavanderia, de irmã Irene (uma freira que ajudou muito o bairro e lhe deu o nome de S. Francisco) e do padre Pedro, que criou a olaria e possibilitou que muitas famílias tivessem uma casa de tijolos. E diz que hoje o bairro já melhorou, pois antes não tinha nem escola para seus filhos estudarem e agora seus netos estudam no próprio bairro.


Amaraí, presidente da Associação de Moradores do Bairro, chegou ao bairro recentemente, porém, foi ele que possibilitou ao bairro ser registrado com o nome São Francisco de Assis, até 2007 ele era oficialmente “Malvinas” ou “Boa Vista II”. Amaraí fez um abaixo-assinado com as moradoras e moradores e entrou com um pedido na prefeitura para que o novo nome (dado a anos pela irmã Irene) fosse oficializado. Hoje as contas de luz e água já estampam o nome do bairro no endereço.


Dona Flor foi quem trouxe para o bairro o candomblé, primeiro ela tinha um terreiro na Fundação Bradesco, depois mudou-se para cá. Deu-nos informações sobre o que é o candomblé, como funciona o terreiro e como são preparados alguns rituais. Também mostrou-nos o terreno onde pretende construir seu terreiro, mas infelizmente não tem condições financeiras para fazê-lo. Dona Flor é uma pessoa muito alegre e disse que quando puder “bater os tambores” ali vai ter muita alegria e muita gente feliz no bairro.


As entrevistas aconteceram num dia de prova, por isso foi um tanto tumultuada, sem contar que cada entrevista foi feita por um grupo diferente, então era necessário buscar uma turma e levar a outra, mas no final deu certo. Participaram dessa primeira parte das entrevistas foram os grupos 11 e 14, juntamente com a coordenadora Euricléia e com Dino, técnico em informática do infocentro da escola. As entrevistas foram agendadas com as moradoras e moradores com os alunos Paulo Júnior (grupo 12) e Geovane Nere Pinheiro (grupo 11).






CONCLUSÃO
A perspectiva de resgatar a história de sua comunidade e transformar essa história oral em história escrita tem transformado alunas e alunos. A euforia é grande nas turmas. O desejo de sair às ruas entrevistando, perguntando e trazer suas descobertas para a sala de aula é visível todos os dias na inquietação das turmas em fazer logo. A desmotivação sempre foi um problema na escola e, parece-me que agora todas e todos querem fazer, querem participar, querem transformar personagens anônimas em conhecidas, querem contar a história da sua família, de seus vizinhos...


Temos previstos os levantamentos de histórias pessoais para a produção de biografias de pessoas importantes na comunidade e as auto-biografias de cada aluna e aluno. Ainda teremos muitas entrevistas pela frente...

quadra do bairro


HISTÓRIA DO BAIRRO SÃO FRANCISCO

ESCOLA MUNICIPAL LUIZ VIANA FILHO
Área: HISTÓRIA
Profª ANA EMIDIA SOUSA ROCHA
Ensino Fundamental II, 5º ao 9º ano
Direção:MARIA DE FÁTIMA COUTINHO e GIZÉLIA
Coordenação: ALESSANDRA ROSA RODRIGUES e EURICLÉIA SODRÉ BARRETO
Projeto: HISTÓRIA DO BAIRRO
Duração: 3º e 4º bimestres/ 2009.


1.Apresentação / Justificativa:


O presente projeto nasceu da necessidade de três pessoas: a professora, a aluna/aluno e a cidadã/cidadão ireceense. E a necessidade das três é a mesma: resgatar, conhecer e valorizar a História do bairro São Francisco de Assis como produto da construção humana. É claro que essa necessidade se motiva de formas diferentes nas três pessoas, mas ela está lá:
A professora necessita conhecer a História do bairro que abriga a escola onde trabalha, onde está as vivências de suas alunas e alunos para entender-lhes e ensinar-lhes melhor;
A aluna e o aluno precisam resgatar e conhecer a História do bairro como parte da sua própria História individual e coletiva e formar-se como ser humano de forma adequada;
A cidadã/ cidadão ireceense precisa conhecer e valorizar a História do bairro porque faz parte do seu entorno e precisa saber interagir com todas as pessoas de forma mais humana e solidária.
O bairro São francisco nasceu numa situação insólita: a necessidade de encontrar um lugar para as pessoas que não tinham onde morar e ocupavam terrenos baldios na cidade. É possível imaginar que as pessoas que vivem no bairro são pessoas empobrecidas materialmente, que vivem privações de várias ordens e são discriminadas em outros ambientes da cidade. Mas o bairro São francisco que se conhece hoje foi construído pela luta diária de pessoas trabalhadoras e esperançosas de um futuro melhor para si e seus filhos e filhas.

Há alguns anos trabalhamos nesta escola na perspectiva de melhorar a auto-estima das alunas e alunos, ensinar-lhes regras para o convívio social e cumprir a verdadeira função da escola: ensinar os conhecimentos construídos pela Humanidade e ser um espaço para a construção do seu próprio conhecimento. Não tem sido fácil... É assim que este projeto se constrói: na perspectiva de construir conhecimento sobre o mundo a partir de seu próprio conhecimento e de seu mundo.



2.Objetivos:

Conhecer a História do bairro São Francisco de Assis, valorizando a história da comunidade em que está inserido;
Compreender que a História é construída pelas pessoas;
Dar visibilidade a todos os grupos marginalizados pelo discurso histórico, como negros, mulheres, homossexuais, idosos e crianças;
Identificar os atores da nossa realidade histórica, dando-lhes voz;
Perceber a importância das mudanças de atitudes que possibilitem intervenções para transformar a realidade.

3.Conteúdos por grupo:

GRUPO 11 (6º ano):
Identidade e origem do nome do bairro;
Linha do tempo; formas de contagem do tempo;
Diferentes composições de famílias;
Relações de gênero e divisão sexual do trabalho;
Família e religiosidade;
Expressões e ritmos musicais presentes no bairro.
GRUPO 12 (7º ano):
Espaço e território;
Dados do bairro;
Formas de divertimento do bairro de ontem e de hoje;
História das tecnologias de comunicação no bairro;
Formas de comunicação presentes no bairro;
História dos meios de transporte utilizados no bairro;
Formas de acesso ao bairro.
GRUPO 13 (8º ano):
Acesso aos serviços públicos no bairro;
Abastecimento de água e saneamento básico ontem e hoje;
Serviço público de saúde ontem e hoje e atendimento às demandas;
Diferença no serviço prestado em outros bairros;
Abastecimento de gêneros alimentícios;
Alimentos consumidos;
Os mercados, quitandas, barraquinhas, vendedores ambulantes;
História da escola: origem do nome, construção, evolução no atendimento; merenda.
GRUPO 14 (9º ano):
Formas de construção de moradia no bairro;
Profissões no bairro:Herança cultural nas profissões;
Estética da população: penteados, vestimentas;
Religiões no bairro.


4.Metodologia:
O trabalho deste projeto será desenvolvido basicamente através da pesquisa de campo, pois não existem fontes bibliográficas sobre o bairro. O único material escrito disponível é o texto resultado de uma pesquisa realizada pela profª Vera Vasconcelos, editado em seu blog, apesar de trazer várias informações não são suficientes para este trabalho. Este texto será usado como ponto de partida para a nossa pesquisa. Para coletar informações serão feitas entrevistas ( gravadas, filmadas ou escritas), questionários e, se possível, formulários. Convidaremos algumas pessoas, através de cartas coletivas, para conversas na escola. Alguns textos serão escritos pelos grupos, outros individualmente e o texto final será feito pela professora. Será necessário elaborar um plano de trabalho de forma dialógica, no qual figurem os responsáveis pelo agendamento das entrevistas, pela elaboração de roteiros para as entrevistas e visitas, elaboração de questionários e formulários.

5.Procedimentos:
Apresentação e discussão do projeto;
Coleta de sugestões das alunas e alunos;
Levantamento das pessoas a serem entrevistadas;
Elaboração de roteiros de percurso e entrevistas;
Registro escrito das atividades do dia (visitas, leituras, entrevistas, vídeos);
Leitura de textos sobre o bairro;
Visita a pontos históricos do bairro;
Entrevista com moradoras e moradores;
Pesquisa em setores ( EMBASA, CORREIOS, COELBA, PSF, Prefeitura);
Roda de conversa;
Produção de textos.


6.Avaliação:
Segundo os PCNs “Avaliar é uma ação pedagógica guiada pela atribuição de valor apurada e responsável que o professor realiza das atividades dos alunos. É também considerar o modo de ensinar os conteúdos que estão em jogo nas situações de aprendizagem” .Para Luckesi (1995) avaliação “é um ato amoroso, acolhedor, integrativo e inclusivo”, seu objetivo é “ auxiliar o educador no seu desenvolvimento pessoal, a partir do processo de ensino-aprendizagem e responder a sociedade pela qualidade do trabalho educativo realizado”. Partindo deste pressuposto e crendo que a avaliação deve ser processual, contínua e diversificada, permitindo que as pessoas envolvidas neste processo possam ter uma formação plena e sistematizada, serão utilizados os seguintes instrumentos:
Pesquisa-Texto sobre um aspecto do bairro;
Registro no caderno sobre as atividades desenvolvidas;
Biografia de uma pessoa do bairro;
Auto-biografia;
Prova.

7.Referências :
SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO. Diretrizes Curriculares para a Inclusão da História e Cultura Afro-Brasileira e Africana nas Escolas Municipais de Salvador. Salvador, 200.
DURVAL, Herbate. Projeto Resgatando a História do Bairro, Irecê, 2008 (plano de aula).
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido.17ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.
Material didático do curso de Pós-graduação em História da Cultura Afro- Brasileira.Metodologia da Pesquisa Científica. FTC, 2008 (apostila).
Parâmetros curriculares nacionais: história/ Ministério da Educação. Secretaria da Educação Fundamental. 3 ed. Brasília: A Secretaria, 2001.
PEREIRA, Vera Lúcia Vasconcelos. Histórico do Bairro São Francisco.Irecê, 2008.

terça-feira, 25 de agosto de 2009





Uma homenagem àquele que lutou pelo interesse de muitos e, por ser o mais pobre, foi abandonado, humilhado e morto.


Exaltação a Tiradentes

Estanislau Silva - Penteado - Mano Décio

D Gm7 C7/9 Em7 A7 D G7+ D
Joaquim José da Silva Xavier
B7 Em7
Morreu a vinte e um de abril
E7 Em7 A7
Pela independência do Brasil
D D7+ Bb7/13 Bb7 Em7
Foi traído e não traiu jamais
A7 D G7
A Inconfidência de Minas Gerais
D D7+ Bb7/13 Bb7 Em7
Foi traído e não traiu jamais
A7 D
A Inconfidência de Minas Gerais
Em7 B7/9- Em7 A7
Joaquim José da Silva Xavier
D G7 D A7/13
Era o nome de Tiradentes
D Bm7 Em7 A7 Em7 A6/9 F#m7 Em7
Foi sacrifica...do pela nossa liberda.....de
D7+ F#m7 Em7
Este grande herói
G7 Em7 A7 D7+

BANDEIRA DA REPÚBLICA DE MINAS GERAIS idealizada pelos inconfidentes.


Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes

Nesta III unidade vamos trabalhar a Inconfidência Mineira, a pedido da Secretaria de Educação, pois este será o tema da escola nas comemorações do 7 de setembro.

inconfidência

A Inconfidência Mineira, ou Conjuração Mineira, foi uma tentativa de revolta de natureza separatista abortada pela Coroa portuguesa em 1789, na então capitania de Minas Gerais, no Estado do Brasil, contra, entre outros motivos, a execução da derrama e o domínio português.
Antecedentes
Na segunda metade do século XVIII a Coroa portuguesa intensificou o seu controle fiscal sobre a sua colônia na América do Sul, proibindo, em 1785, as atividades fabris e artesanais na Colônia e taxando severamente os produtos vindos da Metrópole. Desde 1783 fora nomeado para governador da capitania de Minas Gerais D. Luís da Cunha Meneses, reputado pela sua arbitrariedade e violência. Somando-se a isto, desde o meado do século as jazidas de ouro em Minas Gerais começavam a se esgotar, fato não compreendido pela Coroa, que instituiu a cobrança da "Derrama" na região, uma taxação compulsória em que a população deveria completar a cota imposta por lei de 100 arrobas de ouro (1.500 quilogramas) anuais quando esta não era atingida.
Estes fatos atingiram expressivamente a classe mais abastada de Minas Gerais (proprietários rurais, intelectuais, clérigos e militares) que, descontentes, começaram a se reunir para conspirar. Entre esses descontentes destacavam-se, entre outros, os poetas Cláudio Manuel da Costa e Tomás Antônio Gonzaga, os coronéis Domingos de Abreu Vieira e Francisco Antônio de Oliveira Lopes, os padres José da Silva e Oliveira Rolim e Carlos Corrêa de Toledo, o cônego Luís Vieira da Silva, o sargento-mor Luís Vaz de Toledo Pisa, o minerador Inácio José de Alvarenga Peixoto e o alferes Joaquim José da Silva Xavier, apelidado de "Tiradentes".
A conspiração pretendia eliminar a dominação portuguesa das Minas Gerais e estabelecendo ali um país livre. Não havia a intenção de libertar toda a colônia brasileira, pois naquele momento uma identidade nacional ainda não havia se formado. A forma de governo escolhida foi o estabelecimento de uma República, inspirados pelas idéias iluministas da França e da recente independência norte-americana. Destaque-se que não havia uma intenção clara de libertar os escravos, já que muitos dos participantes do movimento eram detentores dessa mão-de-obra.
Entre outros locais, as reuniões aconteciam em casa de Cláudio Manuel da Costa e de Tomás Antônio Gonzaga, onde se discutiram os planos e as leis para a nova ordem, tendo sido desenhada a bandeira da nova República, – uma bandeira branca com um triângulo e a expressão latina Libertas Quæ Sera Tamen - , cujo dístico foi aproveitado de parte de um verso da primeira égloga de Virgílio e que os poetas inconfidentes interpretaram como "liberdade ainda que tardia".
O governador da capitania de Minas Gerais, Luís António Furtado de Castro do Rio de Mendonça e Faro, Visconde de Barbacena, estava determinado a lançar a derrama, razão pela qual os conspiradores acertaram que a revolução deveria irromper no dia em que fosse decretado o lançamento da mesma. Esperavam que nesse momento, como apoio do povo descontente e da tropa sublevada, o movimento fosse vitorioso.
A conspiração foi desmantelada em 1789, ano da Revolução Francesa. O movimento foi traído por Joaquim Silvério dos Reis, que fez a denúncia para obter perdão de suas dívidas com a Coroa. O Visconde de Barbacena mandou abrir em junho de 1789 a sua Devassa com base nas denúncias de Silvério dos Reis, nas de Basílio de Brito, Malheiro do Lago, Inácio Correia Pamplona, tenente-coronel Francisco de Paula Freire de Andrade, Francisco Antônio de Oliveira Lopes, Domingos de Abreu Vieira e de Domingos Vidal de Barbosa Laje.
Os réus foram sentenciados pelo crime de "lesa-majestade", definida, pelas Ordenações Afonsinas, como "traição contra o rei":
"Lesa-majestade quer dizer traição cometida contra a pessoa do Rei, ou seu Real Estado, que é tão grave e abominável crime, e que os antigos Sabedores tanto estranharam, que o comparavam à lepra; porque assim como esta enfermidade enche todo o corpo, sem nunca mais se poder curar, e empece ainda aos descendentes de quem a tem, e aos que ele conversam, pelo que é apartado da comunicação da gente: assim o erro de traição condena o que a comete, e empece e infama os que de sua linha descendem, posto que não tenham culpa."
Os líderes do movimento foram detidos e enviados para o Rio de Janeiro onde responderam pelo crime de lesa-majestade, materializado em inconfidência (falta de fidelidade ao rei), pelo qual foram condenados. Cláudio Manuel da Costa faleceu na prisão, ainda em Vila Rica (hoje Ouro Preto), onde acredita-se que tenha sido assassinado, suspeitando-se, atualmente, que a mando do próprio Governador. Durante o inquérito judicial, todos negaram a sua participação no movimento, menos o alferes Joaquim José da Silva Xavier, que assumiu a responsabilidade de chefia do movimento.
Em 18 de Abril de 1792 foi lida a sentença no Rio de Janeiro. Doze dos inconfidentes foram condenados à morte. Mas, em audiência no dia seguinte, foi lido decreto de D. Maria I pelo qual todos, à exceção de Tiradentes, tiveram a pena comutada para degredo em colônias portuguesas na África.
Conseqüências
A Inconfidência Mineira transformou-se em símbolo máximo de resistência para os mineiros, a exemplo da Guerra dos Farrapos para os gaúchos, e da Revolução Constitucionalista de 1932 para os paulistas. A Bandeira idealizada pelos inconfidentes foi adotada pelo estado de Minas Gerais

Fonte: Wikipédia www.wikipedia.org/

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

TEATRO!!!!!!!!!!!

http://cursodeteatro12.blogspot.com/2007/02/elementos-do-teatro-o-pblico.html

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

VISITE:
http://www.unisc.br/universidade/estrutura_administrativa/nucleos/naac/filmes_ac.htm

LIBRAS

VAMOS APRENDER LIBRAS!!






Para conhecer mais sobre LIBRAS visite:
http://www.ines.gov.br/ines_livros/FASC7_PRINCIPAL.HTM
o sítio do INES oferece curso de LIBRAS !

terça-feira, 21 de julho de 2009













TRABALHOS PRODUZIDOS PELOS GRUPOS 11 INSPIRADOS NAS PINTURAS RUPESTRES


Inspirados nas pinturas rupestres produzimos desenhos com molde utiliando tinta guache e giz de cera. O painel foi exposto no pátio da escola.





Para pintar, o homem produzia suas próprias tintas misturando pigmentos como : terra, carvão, fezes de aves com sangue, gordura e gema de ovos de animais.Usavam seus dedos e algum tipo rudimentar de pincel.
Pesquise mais no site:
http://www.brasilescola.com/historiag/a-pre-historia.htm



As "Venus Esteatopígicas", esculturas em pedra ou marfim de figuras femininas estilizadas, com formas muito acentuadas, são manifestações artísticas das mais primitivas do "Homo Sapiens" (Paleolítico Superior, início 40000a.C) e que demonstram sua capacidade de simbolizar. A estas esculturas é atribuído um sentido mágico, propiciatório da fertilidade feminina e ao primeiro registro de um sentimento religioso ou de divindade, o qual convencionou-se denominar de Deusa mãe, Mãe Cósmica ou Mãe-terra.

A Vênus de Willendorf, uma pequena estatueta, de 9 cm, talhada em pedra edatada de + ou - 30 mil anos a.C. é a mais antiga escultura feita por mãos humanas. E é uma das evidências mais incontestáveis do culto de adoração a uma Deusa Mãe Terra...Mas não é a única, cerca de 40 mil pequenas estatuetas semelhantes foram encontradas em escavações arqueológicas na Europa, Oriente, África e América Central, e todas datadas de eras pré-históricas...


Texto do blog da Lealdade Feminina






OS PRIMEIROS ARTISTAS DA HUMANIDADE


O Australopiteco, que devia ser um homem bem parecido com o macaco, tinha a postura ereta e por essa razão as mãos livres e poderia fazer instrumentos de pedra. (...) Os arqueólogos descobriram cavernas ou grutas com desenhos e pinturas de uma Arte de 40 mil anos de idade, época em que o homem começou a criar uma arte chamada rupes tre, isto é, feita nas rochas. A Pré-História se divide em duas grandes Idades: a Idade Paleolítica, também chamada da Pedra Lascada, e a Idade Neolítica ou da Pedra Polida. Entre essas duas Idades situa-se a Idade Mesolítica, período de transição entre o lascar e o polir da pedra. (...) A Idade Paleolítica, por sua vez, se divide em dois períodos: o Paleolítico Inferior e o Paleolítico Superior. Foi no Paleolítico Superior que apareceram os primeiros artistas da Pré-História.
Nesta época havia fases de glaciações, geleiras, e, como o frio era intenso, os homens abrigavam- se em cavernas.
(...) Muitas cavernas foram descobertas em diversas partes do mundo, inclusive no Brasil, com pinturas representando bois, touros, cavalos, bisontes e a própria mão humana.


Todas as figuras mostram pessoas trabalhando, mas percebemos épocas diferentes em cada uma através do ambiente, das vestimentas, etc.
Entretanto o artista pode criar uma obra que não esteja diretamente relacionada com a realidade do meio em que vive. Ele pode expressar suas ideias e sentimentos.


A arte é fiel testemunha da história construída pelo homem. Os acontecimentos políticos, econômicos, sociais influenciam a sua criação.

कुअल É अ पिन्तुरा PRÉ-HISTÓरिका? कुअल É दो SÉकलो क्स्क्स?













Um artista pré-histórico jamais poderia pintar um automóvel ou cadeira e um artista moderno só conhece o bisão como um animal em extinção.
Os materiais também são diferentes, apesar de utilizar a parede como suporte, na pré-história não existia spray as tintas eram retiradas da natureza.

ESCOLA MUNICIPAL LUIZ VIANA FILHO
ÁREA: ARTE
PROFª ANA EMIDIA
II UNIDADE

A ARTE TESTEMUNHANDO A HISTÓRIA

Lascaux é um complexo de cavernas ao sudoeste de França, famoso pela suas pinturas rupestres.
A disposição da caverna, cujas paredes estão pintadas com bovídeos, cavalos, cervos, cabras selvagens, felinos, etc., permite pensar tratar-se de um santuário. As investigações levadas a cabo durante os últimos decénios permitem situar a cronologia das pinturas no final do Solutrense e princípio do Madalenense, ou seja, 17.000 anos AP. Todavia, certos indícios, tanto temáticos como gráficos levam a pensar que algumas das figuras podem ser mais recentes, sendo tal hipótese, confirmada por datações com Carbono 14, em cerca de 15.500 anos AP.

terça-feira, 23 de junho de 2009

O REI XANGÔ
Ele teria sido o terceiro Àlàáfin Òyó_rei de Oió_filho de Oranian e Torosi. Na África sobre seus aspectos, histórico e divino. A filha de Elempe, rei dos Tapás, que havia firmado uma aliança com Oranian. Xangô cresceu no país de sua mãe, indo instalar-se mais tarde, em Koso, onde os habitantes não o aceitaram pelo seu caráter violento e imperioso; mas ele conseguiu finalmene impor-se por sua força. Em seguida, acompanhado pelo seu povo, dirigiu-se para Oió , onde estabeleceu um bairro que recebeu o nome de Koso. Conservou, assim, seu título de obá Koso, que, com o passar do tempo veio a fazer parte de seus oriki. Xangô, no seu aspecto divino, permanece filho de Oranian, divinizado porém, tendo Yamase como mãe e três divindades como esposas: Oiá, Oxum e Obá. Xangô é o irmão mais jovem, não somente de Dadá-ajaká como também de Obaluàyê. Entretanto, ao que parece, não são os vínculos do parentesco que permite explicar a ligação entre ambos, mas sua origem comum em Tapá, lugar onde Obaluàyê seria mais antigo que Xangô, por deferência para com o mais velho, em certas cidades como Seketê e Infanhin são sempre feitas oferendas a Obaluàyê na véspera da celebração das cerimônias para Xangô. Xangô, é viril e atrevido, violento e justiceiro; castiga os mentirosos, os ladrões e os malfeitores, razão do que lhe sobre par ser denominado deus da justiça. Os Èdùn Àrá (pedras de raio_ na verdade, pedras neolíticas em forma de machado), são consideradas emanações de Xangô e são colocadas sobre um odó_ pilão de madeira esculpida_, consagrado a Xangô. Seu símbolo é oxé_machdo de duas lâminas_ lembra o símbolo de Zeus em Creta. Esse oxé parece ser a estilização de uma personagem carregado fogo sobre sua cabeça, esse fogo é ao, mesmo tempo, um duplo machado e, lembra de certa forma, a cerimônia chamada ajere, na qual os iniciados de Xangô devem carregar na cabeça uma vasilha cheia de furos, dentro da qual queima o fogo, e, em uma outra cerimônia, chamada àkàrà, durante a qual engolem mechas de algodão embebidas em azeite de dendê em combustão. É uma referência à lenda, segundo a qual Xangô tinha o poder de escarrar fogo graças a um talismã que ele pedira a Òyá buscar no teritório bariba.

Pesquisa: Tallyson e Maria das Graças, grupo 13 (8º ano); Jacqueline, Fernanda, Mirla, Elvira e Patrícia, grupo 14 (9º ano ).
A ORGANIZAÇÃO DE IFÉ
Esta foi a primeira civilização do Império Yorùbá a adotar a monarquia do tipo divina, essa é muito aceita pelos peritos na civilização de Ifé.
A posibilidade cidade de Ifé era cercada por uma muralha de cintura, que era ao mesmo tempo uma fortificação e um muro de arreira.
O reino do Benim está ligada a Ifé pelo seu fundador lendário, Oranyan, filho Oduduwa, o mesmo que será o prmeiro rei de Oyó. O vínculo social era o sangue, entre os iorubas, um indivíduo pertencia a uma família (Ebi) em iorubano, e só por causa deste elo de sangue, a um Estado. Quando vários reis invocaram um antepassado comum (Oduduwa), havia entre eles uma relação de irmãos e, entre eles e aquele que ocupava o trono do ancestral de todos 9o Oni de Ifé), o laço entre filhos e pais. Apesar das várias lendas sobre a origem real da monarquia de Ifé, sempre o soberano é considerado um rei divino. a unidade sociopolítica era aldeia, outro dado interessante sobre está sociedade, eram os teares, pois os homens também trabalhavam na tecelagem, com os pequenos teares, onde confeccionavam pequenas tiras, que mais tarde se uniam as grandes peças de pano feitas pelas mulheres, nos grandes teares, que mais tarde se uniam, formando a tapeçaria e vestuário de Ifé.
Pesquisa: Tallyson e Maria das Graças, grupo 13 (8º ano); Jacqueline, Fernanda, Mirla, Elvira e Patrícia, grupo 14 (9º ano ).
A CIDADE DE IFÉ
Ifé é um dos reinos do Império Yorùbá, as suas origens, mergulhadas na mitologia do seu deus Olodumare e os orixás, não nos fornecem , do ponto de vista cronológico, um ponto inicial preciso.
Os iorubas vieram do nordeste, talvez do Alto do Nilo, entre os séculos VI e XI, com paragens , em particular na região do Kanem. Ifé provavelmente foi habitada no século VI, data mais antiga fornecida até agora pelo método do radiocarbono a materiais recolhidos de escavações na cidade.
Ela foi o centro de dispersão, sendo reconhecida por todos os iorubas como a fonte mística do poder e da legitimidade: o lugar de onde partia a consagração espiritual (sendo Oni chefe de Ifé, o grande pontífice) e onde retornavam os restos mortais e as insígnias de todos os reis, Ifé era considerada uma cidade sagrada para os iorubas.
Pesquisa: Tallyson e Maria das Graças, grupo 13 (8º ano); Jacqueline, Fernanda, Mirla, Elvira e Patrícia, grupo 14 (9º ano ).
OS IORUBAS
Os Yorùbá são um dos maiores grupos étno-linguístico na África Ocidental composto por 30 milhões de pessoas em toda a região. Constituem o segundo maior grupo étnico da Nigéria, com aproximadamente 21% da sua populção total. A maioria dos iorubas falam a língua iorubá.
Vivem em grande parte no sudoeste do país; também há comunidades de iorubas significativas no Benim, Togo, Serra Leoa, Cuba e Brasil. Os iorubas são o principal grupo étnico dos estados de Ekiti, Kwara, Lagos, Ogun, Ongo, Osun e Oyó. Um número considerável de iorubas vive na República do Benim, ainda podendo ser encontradas pequenas comunidades no campo em Togo, Serra Leoa, Brasil e Cuba.

Pesquisa: Tallyson e Maria das Graças, grupo 13 (8º ano); Jacqueline, Fernanda, Mirla, Elvira e Patrícia, grupo 14 (9º ano ).
OS PRIMEIROS SERES HUMANOS
Num aspecto geral, a humanidade é denotada como resultado da evolução de uma raiz de primatas. Em certo momento, a raiz se dividiu em dois grupos, os pongídeos e os hominídeos, cada um apresentava sua evolução própria. O grupo dos pongídeos deu origem ao grupo dos grandes macacos modernos: chimpanzé, gorila, orangotango e gibão. Já o grupo dos hominídeos, evoluiu-se em dois gêneros: australopitecos e o homo. A partir de cada um desses grupos originaram-se diversas espécies, como o australopiteco afarensis, o homo erectus e o homo sapiens. Dessas espécies, apenas a do homo sapiens moderno, sobrevive.
Dois dos principais grupos de hominídeos ao longo da história da humanidade são:
 australopiteco: é o mais antigo hominídeo conhecido. seus antepassados são desconhecidos, além disso, não se sabe quando ocorreu a separação dos hominídeos e dos pongídeos, tornando-se independente. Alguns fósseis dos australopitecos foram encontrados na África. Pesquisas recentes revelam que os primeiros hominídeos viveram entre 7 e 1,2 milhões de anos atrás;
 homo erectus: é o primeiro hominídeo do gênero homo que se tem conhecimento. Alguns estudos apontam que ele viveu há cerca de 2,5 milhões de anos. Alimentavam-se não só de raízes e sementes, mas também de carne. Foin o primeiro hominídeo a povoar a Europa e a Ásia.
Pesquisa: Patrícia, grupo 14 (9º ano)
O RIO NILO
O rio Nilo localiza-se no continente africano. Nasce na região central da África, no lago Vitória, atravessando a região central do nordeste do continente
Atravessa três paises africanos: Uganda, Sudão e Egito. Desemboca em formato de delta, no mar Mediterrâneo. O Nilo é o segundo rio mais extenso do mundo com 6.650 km. Vale lembrar que o rio Amazonas é o primeiro nesta categoria. O rio Nilo ganhou o formato que tem hoje no final da era terciária. Ele lança no mar Mediterrâneo uma média de 2.700 m³ de água por segundo. Atualmente, o rio assume uma grande importância, principalmente no Egito. É usado como via de transporte, sistemas de irrigação da agricultura etambém para gerar energia elétrica através da usina hidrelétrica de Assuã.
O rio Nilo foi de extrema importância para o desenvolvimento da sociedade do Egito antigo numa região desértica. O rio assumiu funções prioritárias na sociedade. Os egípcios usavam a água para beber, pescar, irrigar a agricultura( através de canais de irrigação). Após aa cheia do rio, ficava nas margens um lodo fértil (húmus) que fertilizava o solo para o plantio.
Pesquisa: Patrícia, grupo 14 (9º ano)
Império Mali
Um dos grandes impérios da África Ocidental foi o do povo mali, também denominado como malinque e mandinga. Foi um Estado próximo ao rio Níger, que dominou esta região nos séculos XIII e XIV. De três impérios consecutivos, este foi o mais extenso territorialmente, comparado com o de Songhai e o de Gana.
O antigo reino de Gana desapareceu em 1076 e aí ergueu-se o maior de todos os impérios medievais africanos, o Império Mali. Gana foi-se mantendo sob o governo dos berberes e dos muçulmanos até 1240, quando o rei do Mali, Sundiata Keita, acabou por conquistá-lo. Sundiata era um mandingo, um dos grupos que ainda vivem no Mali atual.
O Mali ficou famoso entre os povos do mar Mediterrâneo pela notícia da fantástica peregrinação de seu rei, o mansa Musa. Ele atravessou o Saara com sua corte para ir a Meca, em quarenta dias sem reabastecimento. Muitos historiadores islâmicos registraram o acontecimento e foram relatadas pelos mercadores italinos que estavam no Cairo e testemunharam a chegada da caravana na cidade.
A expressão malê, derivada do iorubá imale, era o termo usado para designar os negros muçulmanos que sabiam ler e escrever em árabe. Eram muitas vezes mais instruídos que seus senhores. No Brasil, foram responsáveis pela chamada Revolta dos Malês. Eram encontrados na Bahia em maior número e eram muito altivos.
Pesquisa: Elvira, Patrícia, Jacqueline e Fernanda, grupo 14 (9º ano) e José Tallyson, grupo 13 (8º ano)
Moçambique.
Moçambique é um país da costa oriental da África Austral, limitado a norte pela Zâmbia, Malauí e Tanzânia, a leste pelo canal de Moçambique, tem vários vizinhos,entre eles: as Comores, Madagascar, a possessão francesa de Mayotte e o também departamento francês de Reunião, através das suas dependências Juan de Nova, Bassas da Índia e Ilha Europa. Foi colônia e província ultramarina de Portugal, teve sua independência em 25 de junho de 1975. Faz parte da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. Sua capital e maior cidade é Maputo.
Pesquisa: Mirla, grupo 14 (9º ano) e Tallyson, grupo 13 (8º ano)
Ahistória da África.
A história da África é conhecida no ocidente por escritos que datam da antiguidade clássica. No entanto vários povos deixaram testemunhos ainda mais antigos das suas civilizações. Os mais antigos fósseis dos hominídeos foram encontrados na África com cerca de 5 milhões de anos.
O Egito foi provavelmente o primeiro Estado a constituir-se na África a cerca de cinco mil anos, mas muitos outros reinos e cidades-estados se foram sucedendo nesse continente ao longo dos séculos.
A África foi desde a antiguidade procurada por povos doutros continentes, que buscavam as suas riquezas, por vezes ocupando partes do “continente negro” por longos períodos. A estrutura atual da África, no entanto, é muito recente_meados do século XX_ e resultou da colonização européia.

Pesquisa: Mirla, grupo 14 (9º ano).
A África é conhecida como um lugar de artesanato, mas lá existem muitas coisas, sejam elas boas ou ruins. Muitas pessoas acham que o artesanato serve só para enfeite, mas os africano usam o artesanato diariamente: vasos de barro, pintura, tecidos. Os europeus inventaram algo diferente, quadros e outras coisas que são arte que podem ser expostas em vários lugares, como casas de pessoas muito ricas e museus. Os europeus difundiram a idéia de que os povos africanos são inferiores a outros povos. Pense na arte que esses povos criaram: será que os africanos são mesmo insensíveis e pouco inteligentes? O que você acha?
Nós temos vários instrumentos musicais de origem africana:BERIMBAU, CHOCALHO, TAMBOR, CAXIXI e AGOGÔ. O berimbau é o instrumento mais importante na capoeira, uma luta misturada com dança de origem africana. Os povos africanos influenciaram muito a cultura brasileira.
(17 de junho de 2008)
Althiane, grupo 13 de 2008.
ESCOLA MUNICIPAL LUÍS VIANA FILHO
ÁREA: HISTÓRIA
PROFª ANA EMIDIA SOUSA ROCHA


MÓDULO II
HISTÓRIA DA ÁFRICA

JUNHO DE 2009

A África é um enorme continente com mais de 30 milhões de quilômetros quadrados, dividido por mais de 50 países, onde se falam mais de 2.000 idiomas e vivem cerca de 900 milhões de habitantes. Então, é claro que a África não se resume aos cenários de “O Rei Leão” e “Madagascar”. Neste grande continente existem vulcões, desertos, neve, rios e lagos gigantescos, montanhas, savanas, selvas e grandes cidades (maiores que São Paulo). Cada lugar tem suas características e cada povo é ímpar.
Essa variedade fez com que os diferentes povos tivessem condições de vida e costumes diferentes, ainda hoje existem povos vivendo nas florestas. Como a abundância e a diversidade de recursos naturais em alguns ambientes tem permitido aos seres humanos viverem sem muito esforço, sem a necessidade de transformá-los para usufruí-los, povos de outros continentes têm, erroneamente, imaginado os africanos como povos primitivos. Esse preconceito também serviu como pretexto para dominar e colonizar a África.
Contrapondo-se a esse pensamento, a História mostra que as primeiras civilizações surgiram na África, bem como o aproveitamento agrícola sistemático de alimentos, a
aproveitamento do ouro e do cobre, os primeiros conhecimentos de medicina, o teatro. Como chamar esses povos de primitivos?
A História tradicional diz que sem escrita não há História. Isso define a Pré-História como aquilo que aconteceu antes da invenção da escrita. Contudo, hoje, a História sabe que existem outros documentos além dos escritos, as provas não-escritas de que fatos realmente aconteceram, tais como: relatos orais, objetos deixados pelas antigas civilizações, construções, evidências naturais, etc. Assim, não cabe mais classificar os povos africanos como primitivos.
Existiram muitos reinos na África, que foram depois divididos e sucedidos por alguns dos países que existem hoje. Infelizmente, os Estados que formam o continente invenção de instrumentos agrícolas, o trabalho do ferro, a invenção da cerâmica, da mineração atualmente foram criados arbitrariamente por países europeus, segundo seus próprios interesses e sem benefícios para os povos africanos; muitas vezes nações inimigas foram circunscritas no mesmo território, o que causou e causa ainda muitas guerras entre os povos.
Entre os antigos reinos africanos, estavam os reinos de Ilê-Ifé. Benim, Congo e os impérios do Mali e Moçambique.

O reino de Ilê-Ifé foi grandioso entre os séculos XII e XVI, seu soberano também era o chefe religioso do povo, teve duas cidades de destaque: Ifé( uma cidade sagrada para os povos iorubas) e Oió, a cidade natal do rei Xangô. Este reino influenciou muitos povos na África e também na América Central e do Sul, através do culto dos orixás (ancestrais importantes que foram elevados a ajudantes do divino e que incorporaram qualidades das forças da Natureza). Em muitos museus existem estátuas de terracota e bronze provenientes de Ilê-Ifé.
O reino do Benim atingiu seu esplendor no século XV. Sua capital, Edo era uma cidade enorme, cortada por uma avenida oito vezes mais larga do que as de Amsterdã, assim como suas ruas laterais. As casas eram construídas com adobe. Os artesãos trabalhavam cobre e latão e produziam belas estátuas, que revelam o alto nível de desenvolvimento artístico e tecnológico desse povo.

Após muitas lutas pela sucessão do rei, o reino se fragmentou e deu origem, entre outros, ao reino do Daomé. Neste novo reino, Portugal ergueu uma fortaleza e um dos mais ativos centros de tráfico de escravos!
O império do Mali, foi um dos maiores da África Ocidental. Era um reino de religião islâmica; uma das cinco obrigações de um islâmico ou muçulmano é visitar Meca (na Arábia Saudita, terra natal de Mohammed, profeta do Islã), na visita que o mansa Musa fez a Meca levou tanto ouro para o Cairo que o seu preço de mercado caiu! Isto mostra como o Mali era rico.

O reino fragmentou-se, dando origem a cinco reinos e perdeu uma parte do território para o império de Songai, em 1449, que mais tarde foi invadido pelo Marrocos. O invasor vendeu grande parte da população conquistada como escrava para a América. A parte da populaçõa resistente habita hoje Burquina-Faso e Mali.
O reino do Congo foi encontrado pelos portugueses, que sendo bem recebidos convenceram a corte congolesa a trocar sua religião pelo catolicismo e a estudar em Portugal. Assim, conseguiram europeizar o Congo, que passou a usar nomes próprios em português e mudou o nome da sua capital.
Os traficantes de escravos incitaram várias guerras pela sucessão do trono e assim conseguir suas vítimas. Dessas sucessões a rainha mais famosa é Nzinga ou Ginga, rainha católica angolana que lutou contra a escravização de seu povo e conseguiu juntar outros líderes na sua luta. Ela é homenageada nos folguedos do nordeste brasileiro.

O reino do Congo alimentou o Brasil de escravos durante o período de colônia e também depois da independência, com seus cidadãos sequestrados. Suas terras integram o Congo, a República Democrática do Congo e Angola.
Existiram muitas outras nações e povos importantes na África, procure saber mais sobre eles! É de lá que todas e todos nós viemos; vale a pena conhecer o continente que deu origem à Humanidade.
FONTES:
BENJAMIN, Roberto.A áfrica está em nós:história e cultura afro- brasileira-3. João Pessoa: Editora Grafset, 2006.
Material do curso de especialização em História das culturas Afro-Brasileiras, em: www.ead.ftc.br

quinta-feira, 18 de junho de 2009

CAPOEIRA



Artist / Artista: Natiruts
Title of Lyrics / Titulo da Música
Palmares 1999




A cultura e o folclore são meus
Mas os livros foi você quem escreveu
Quem garante que palmares se entregou
Quem garante que Zumbi você matou
Perseguidos sem direitos nem escolas
Como podiam registrar as suas glórias
Nossa memória foi contada por vocês
E é julgada verdadeira como a própria lei
Por isso temos registrados em toda história
Uma mísera parte de nossas vitórias
É por isso que não temos sopa na colher
E sim anjinhos pra dizer que o lado mal é o candomblé
A energia vem do coração
E a alma não se entrega não
A energia vem do coração
E a alma não se entrega não
A influência dos homens bons deixou a todos ver
Que omissão total ou não
Deixa os seus valores longe de você
Então despreza a flor zulu
Sonha em ser pop na zona sul
Por favor não entenda assim
Procure o seu valor ou será o seu fim
Por isso corre pelo mundo sem jamais se encontrar
Procura as vias do passado no espelho mas não vê
E apesar de ter criado o toque do agogô
Fica de fora dos cordões do carnaval de salvador
A energia vem do coração
E a alma não se entrega não
A energia vem do coração
E a alma não se entrega não

Fonte: http://www.hipermusicas.com/natiruts/palmares_1999/#YouTube

CAPOEIRA





.A influência da cultura negra: os afro-descendentes, assim como os povos pioneiros(índios) e brancos-europeus, influenciaram a cultura brasileira, sobretudo na Bahia que recebeu maior número de africanos escravizados. vejamos algumas manifestações culturais de influência afro-descendente:
candomblé;
capoeira;
instrumentos musicais, como berimbau, agogô, reco-reco, pandeiro, tambor, adjá, aguê;
vestimentas e adornos: bata, colares, pulseiras de contas;
alimentação: azeite-de-dendê, acarajé, abará, caruru;
samba.

ACESSE: www.acordacultura.org.br www.afroasia.ufba.br

LEIS DE POUCO EFEITO




Algumas leis foram promulgadas pelo governo brasileiro para acalmar os ânimos dos movimentos abolicionistas que vinham pressionando o governo a acabar com a escravidão. Vejamos quais foram:
Lei Euzébio de Queiroz(1850): proibia que negros africanos entrassem no Brasil como esccravos a partir de sua publicação;
Lei do Ventre Livre (1871): deixava livres todas as crianças nascidas a partir daquela data;
Lei dos Sexagenários (1885): declarava livres todas e todos que atingissem 65 anos a partir de sua publicação;
Lei Áurea (1888): aboliu a escravatura no Brasil.
Agora vejamos porque essas leis surtiram pouco efeito:
Lei Euzébio de Queiroz: não saiu do papel, africanos escravizados continuaram chegando ao Brasil; existem registros de tráfico até 1856 e em 1854 foi promulgada a lei Nabuco de Araújo, que previa sanções para as autoridades que encobrissem o contrabando de escravos( o que evidencia a continuação do contrabando!). Além disso a lei de 1850 foi regulamentada em 1853 por um Decreto que dizia que todo africano introduzido no país ilegalmente deveria trabalhar 14 anos para o governo brasileiro(como escravo!) para financiar seu retorno a sua terra.
Lei do Ventre Livre: as crianças nascidas após a promulgação da lei deveriam ficar sob a tutela dos senhores da mãe até os 21 anos, vivendo na senzala e cumprido mandados gratuitamente durante esse tempo. Os senhores poderiam escolher entregar a criança para que o Estado a criasse, pagando uma quantia de indenização (será que fariam isso?). Entretanto, ninguém foi liberto realmente por esta lei, já que dezessete anos após sua promulgação veio a Lei Áurea, todos foram “libertos” por ela! Somando-se a tudo isso ainda há registros de que após essa lei a mortalidade infantil aumentou entre os escravizados, pois passaram a ter menos cuidados com os recém-nascidos.
Lei dos Sexagenários: a lei dizia que os escravos entre 60 e 65 anos de idade deveriam prestar serviços a seus senhores por 3 ano e entõ seriam libertados; acontece que, com os maus-tratos e exaustão pelo trabalho, raros escravos chegavam a essa idade. O ex-escravo nessa idade não conseguia mais trabalhar para seu sustento, o senhor não era obrigado a sustentá-lo e outros senhores preferiam empregar os imigrantes europeus a velhos negros.
O ponto positivo foi que para burlar a Lei Eusébio de Queiroz, muitos senhores registravam seus escravos novos como sendo mais velhos, então , muitos escravos novos foram libertados como sendo sexagenários. Luís Gama conseguiu libertar vários escravos com esse argumento.
Lei Áurea: antigas leis proibiam o negro de frequentar a escola e de possuir terras, a lei de 1888 não as revogou e nem deu aos recém libertos segurança, moradia, emprego, educação, atendimento de saúde, liberdade de culto, não lhes deu cidadania e dignidade.

“Várias foram as revoltas empreendidas por escravos africanos, objetivando a liberdade. As autoridades da época respondiam com perseguições e medidas mais práticas para evitar revoltas e fugas de escravos. O combate a qualquer forma de resistência por conta do escravos africanos era uma grande preocupação das autoridades.”
(Extraído de:FTC EAD. Material do curso de Especilização em História das Culturas Afro-Brasileiras-Módulo 6: Sociedades Quilombolas e Rsistência Negra)




Luíza Mahin: mulher guerreira. Luíza Mahin, mãe de Luís Gama, era africana, livre, uma mulher inteligente e rebelde; sua casa era quartel general das principais revoltas negras de Salvador (séc. XIX). Participou da Revolta dos Malês, em 1835, que foi impedida pela Guarda Nacional, Luíza conseguiu fugir da Bahia para o Rio de Janeiro, onde participou de outras rebeliões. Depois disso não se obteve nenhuma notícia sobre ela.

Quilombo
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
A palavra "quilombo" tem origem nos termos "kilombo" (Quimbundo) ou "ochilombo" (Umbundo), presente também em outras línguas faladas ainda hoje por diversos povos Bantus que habitam a região de Angola, na África Ocidental. Originalmente, designava apenas um lugar de pouso utilizado por populações nômades ou em deslocamento; posteriormente passou a designar também as paragens e acampamentos das caravanas que faziam o comércio de cera, escravos e outros itens cobiçados pelos colonizadores.

Foi no Brasil que o termo "quilombo" ganhou o sentido de comunidades autónomas de escravos fugitivos. Havia escravidão, porém, em alguns quilombos.

Tradicionalmente, os quilombos eram das regiões de grande concentração de escravos, afastados dos centros urbanos e em locais de difícil acesso. Embrenhados nas matas, selvas ou montanhas, esses núcleos se transformaram em aldeias, dedicando-se à economia de subsistência e às vezes ao comércio, alguns tendo mesmo prosperado. Existem registros de quilombos em todas as regiões do país. Primeiramente um destaque especial ao estado de Alagoas, mais precisamente no interior do estado na cidade de União dos Palmares, que até hoje concentra o principal e maior quilombo que já existiu: o quilombo dos Palmares. Segundo os registros existem quilombos nos seguintes estados brasileiros: Pernambuco, Bahia, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Rio de Janeiro e São Paulo.

Os seus habitantes, denominados de "quilombolas", eram originalmente agrupamentos de ex–escravos fugidos de seus senhores desde os primeiros tempos do período colonial. Em algumas épocas e locais, tentaram reproduzir a organização social africana, inclusive com a escolha de reis tribais.

Embora a abolição tenha sido oficialmente alcançada em 13 de maio de 1888, alguns desses agrupamentos chegaram aos nossos dias, graças ao seu isolamento. Outros transformaram-se em localidades, como por exemplo Ivaporanduva, próximo ao rio Ribeira de Iguape, no estado de São Paulo.

A maioria dos quilombos tinha existência efêmera, pois uma vez descobertos, a sua repressão era marcada pela violência por parte dos senhores de terras e de escravos, com o duplo fim de se reapossar dos elementos fugitivos e de punir exemplarmente alguns indivíduos, visando atemorizar os demais cativos.

Escravidão na Antiguidade
Mercadores de escravos analisando os dentes da escrava, por Jean-Léon Gérôme


A escravidão era uma situação aceita e logo tornou-se essencial para a economia e para a sociedade de todas as civilizações antigas, embora fosse um tipo de organização muito pouco produtivo. A Mesopotâmia, a Índia, a China e os antigos egípcios e hebreus utilizaram escravos.

Na civilização grega o trabalho escravo acontecia na mais variada sorte de funções, os escravos podiam ser domésticos, podiam trabalhar no campo, nas minas, na força policial de arqueiros da cidade, podiam ser ourives, remadores de barco, artesãos etc. Para os gregos, tanto as mulheres como os escravos não possuíam direito de voto.Muitos dos soldados do antigo império romano eram ex-escravos.

Escravidão na América Pré-Colombiana


Nas civilizações pré-colombianas (asteca, inca e maia) os escravos não eram obrigados a permanecer como tais durante toda a vida. Podiam mudar de classe social e normalmente tornavam-se escravos até quitarem dívidas que não podiam pagar. Eram empregados na agricultura e no exército. Entre os incas, os escravos recebiam uma propriedade rural, na qual plantava para o sustento de sua família, reservando ao imperador uma parcela maior da produção em relação aos cidadãos livres.

Escravidão moderna e contemporânea


No Brasil, a escravidão começou com os índios. Os índios escravizavam prisioneiros de guerra muito antes da chegada dos portugueses; depois da sua chegada os índios passaram a comerciar seus prisioneiros com os europeus. Mais tarde os portugueses recorreram aos negros africanos, que foram utilizados nas minas e nas plantações: de dia faziam tarefas costumeiras, a noite carregavam cana e lenha, transportavam fôrmas, purificavam, trituravam e encaixotavam o açúcar.

O comércio de escravos passou já tinha rotas intercontinentais na época do Al-Andalus e mesmo antes durante o Império Romano. Criam-se novas rotas no momento em que os europeus começaram a colonizar os outros continentes, no século XVI e, por exemplo, no caso das Américas, em que os povos locais não se deixaram subjugar, foi necessário importar mão-de-obra, principalmente da África.

Nessa altura, muitos reinos africanos e árabes passaram a vender escravos para os europeus. Em alguns territórios brasileiros, o índio chegou a ser mais fundamental que o negro, como mão-de-obra. Em São Paulo, até o final do século XVII, quase não se encontravam negros e os documentos da época que usavam o termo "negros da terra" referiam-se na verdade aos índios.

Com o surgimento do ideal liberal e da ciência económica na Europa, a escravatura passou a ser considerada pouco produtiva e moralmente incorreta. Em 1850 foi feita, no Brasil, a Lei Eusébio de Queirós que impunha punição aos traficantes de escravos, assim nenhum escravo mais entrava no país; em 1871 foi feita a Lei do Ventre Livre que declarava livre os filhos de escravos nascidos a partir daquele ano, e em 1885 a Lei dos sexagenários, que concedia liberdade aos maiores de 60 anos. E mais tarde fez surgir o abolicionismo, em meados do século XIX. Em 1888, quando a escravidão foi abolida no Brasil,pela Lei Áurea, ele era o único país ocidental que ainda mantinha a escravidão legalizada. A Mauritânia foi, em 1981, o último país a abolir, na letra da lei, a escravatura.

A escravidão é pouco produtiva porque, como o escravo não tem propriedade sobre sua própria produção, ele não é estimulado a produzir já que isto não irá resultar em um incremento no bem-estar material de si mesmo.

Segundo o National Geographic, há mais escravos hoje do que o total de escravos que, durante 4 séculos, fizeram parte do tráfico transatlântico. [2]