terça-feira, 23 de junho de 2009

O REI XANGÔ
Ele teria sido o terceiro Àlàáfin Òyó_rei de Oió_filho de Oranian e Torosi. Na África sobre seus aspectos, histórico e divino. A filha de Elempe, rei dos Tapás, que havia firmado uma aliança com Oranian. Xangô cresceu no país de sua mãe, indo instalar-se mais tarde, em Koso, onde os habitantes não o aceitaram pelo seu caráter violento e imperioso; mas ele conseguiu finalmene impor-se por sua força. Em seguida, acompanhado pelo seu povo, dirigiu-se para Oió , onde estabeleceu um bairro que recebeu o nome de Koso. Conservou, assim, seu título de obá Koso, que, com o passar do tempo veio a fazer parte de seus oriki. Xangô, no seu aspecto divino, permanece filho de Oranian, divinizado porém, tendo Yamase como mãe e três divindades como esposas: Oiá, Oxum e Obá. Xangô é o irmão mais jovem, não somente de Dadá-ajaká como também de Obaluàyê. Entretanto, ao que parece, não são os vínculos do parentesco que permite explicar a ligação entre ambos, mas sua origem comum em Tapá, lugar onde Obaluàyê seria mais antigo que Xangô, por deferência para com o mais velho, em certas cidades como Seketê e Infanhin são sempre feitas oferendas a Obaluàyê na véspera da celebração das cerimônias para Xangô. Xangô, é viril e atrevido, violento e justiceiro; castiga os mentirosos, os ladrões e os malfeitores, razão do que lhe sobre par ser denominado deus da justiça. Os Èdùn Àrá (pedras de raio_ na verdade, pedras neolíticas em forma de machado), são consideradas emanações de Xangô e são colocadas sobre um odó_ pilão de madeira esculpida_, consagrado a Xangô. Seu símbolo é oxé_machdo de duas lâminas_ lembra o símbolo de Zeus em Creta. Esse oxé parece ser a estilização de uma personagem carregado fogo sobre sua cabeça, esse fogo é ao, mesmo tempo, um duplo machado e, lembra de certa forma, a cerimônia chamada ajere, na qual os iniciados de Xangô devem carregar na cabeça uma vasilha cheia de furos, dentro da qual queima o fogo, e, em uma outra cerimônia, chamada àkàrà, durante a qual engolem mechas de algodão embebidas em azeite de dendê em combustão. É uma referência à lenda, segundo a qual Xangô tinha o poder de escarrar fogo graças a um talismã que ele pedira a Òyá buscar no teritório bariba.

Pesquisa: Tallyson e Maria das Graças, grupo 13 (8º ano); Jacqueline, Fernanda, Mirla, Elvira e Patrícia, grupo 14 (9º ano ).
A ORGANIZAÇÃO DE IFÉ
Esta foi a primeira civilização do Império Yorùbá a adotar a monarquia do tipo divina, essa é muito aceita pelos peritos na civilização de Ifé.
A posibilidade cidade de Ifé era cercada por uma muralha de cintura, que era ao mesmo tempo uma fortificação e um muro de arreira.
O reino do Benim está ligada a Ifé pelo seu fundador lendário, Oranyan, filho Oduduwa, o mesmo que será o prmeiro rei de Oyó. O vínculo social era o sangue, entre os iorubas, um indivíduo pertencia a uma família (Ebi) em iorubano, e só por causa deste elo de sangue, a um Estado. Quando vários reis invocaram um antepassado comum (Oduduwa), havia entre eles uma relação de irmãos e, entre eles e aquele que ocupava o trono do ancestral de todos 9o Oni de Ifé), o laço entre filhos e pais. Apesar das várias lendas sobre a origem real da monarquia de Ifé, sempre o soberano é considerado um rei divino. a unidade sociopolítica era aldeia, outro dado interessante sobre está sociedade, eram os teares, pois os homens também trabalhavam na tecelagem, com os pequenos teares, onde confeccionavam pequenas tiras, que mais tarde se uniam as grandes peças de pano feitas pelas mulheres, nos grandes teares, que mais tarde se uniam, formando a tapeçaria e vestuário de Ifé.
Pesquisa: Tallyson e Maria das Graças, grupo 13 (8º ano); Jacqueline, Fernanda, Mirla, Elvira e Patrícia, grupo 14 (9º ano ).
A CIDADE DE IFÉ
Ifé é um dos reinos do Império Yorùbá, as suas origens, mergulhadas na mitologia do seu deus Olodumare e os orixás, não nos fornecem , do ponto de vista cronológico, um ponto inicial preciso.
Os iorubas vieram do nordeste, talvez do Alto do Nilo, entre os séculos VI e XI, com paragens , em particular na região do Kanem. Ifé provavelmente foi habitada no século VI, data mais antiga fornecida até agora pelo método do radiocarbono a materiais recolhidos de escavações na cidade.
Ela foi o centro de dispersão, sendo reconhecida por todos os iorubas como a fonte mística do poder e da legitimidade: o lugar de onde partia a consagração espiritual (sendo Oni chefe de Ifé, o grande pontífice) e onde retornavam os restos mortais e as insígnias de todos os reis, Ifé era considerada uma cidade sagrada para os iorubas.
Pesquisa: Tallyson e Maria das Graças, grupo 13 (8º ano); Jacqueline, Fernanda, Mirla, Elvira e Patrícia, grupo 14 (9º ano ).
OS IORUBAS
Os Yorùbá são um dos maiores grupos étno-linguístico na África Ocidental composto por 30 milhões de pessoas em toda a região. Constituem o segundo maior grupo étnico da Nigéria, com aproximadamente 21% da sua populção total. A maioria dos iorubas falam a língua iorubá.
Vivem em grande parte no sudoeste do país; também há comunidades de iorubas significativas no Benim, Togo, Serra Leoa, Cuba e Brasil. Os iorubas são o principal grupo étnico dos estados de Ekiti, Kwara, Lagos, Ogun, Ongo, Osun e Oyó. Um número considerável de iorubas vive na República do Benim, ainda podendo ser encontradas pequenas comunidades no campo em Togo, Serra Leoa, Brasil e Cuba.

Pesquisa: Tallyson e Maria das Graças, grupo 13 (8º ano); Jacqueline, Fernanda, Mirla, Elvira e Patrícia, grupo 14 (9º ano ).
OS PRIMEIROS SERES HUMANOS
Num aspecto geral, a humanidade é denotada como resultado da evolução de uma raiz de primatas. Em certo momento, a raiz se dividiu em dois grupos, os pongídeos e os hominídeos, cada um apresentava sua evolução própria. O grupo dos pongídeos deu origem ao grupo dos grandes macacos modernos: chimpanzé, gorila, orangotango e gibão. Já o grupo dos hominídeos, evoluiu-se em dois gêneros: australopitecos e o homo. A partir de cada um desses grupos originaram-se diversas espécies, como o australopiteco afarensis, o homo erectus e o homo sapiens. Dessas espécies, apenas a do homo sapiens moderno, sobrevive.
Dois dos principais grupos de hominídeos ao longo da história da humanidade são:
 australopiteco: é o mais antigo hominídeo conhecido. seus antepassados são desconhecidos, além disso, não se sabe quando ocorreu a separação dos hominídeos e dos pongídeos, tornando-se independente. Alguns fósseis dos australopitecos foram encontrados na África. Pesquisas recentes revelam que os primeiros hominídeos viveram entre 7 e 1,2 milhões de anos atrás;
 homo erectus: é o primeiro hominídeo do gênero homo que se tem conhecimento. Alguns estudos apontam que ele viveu há cerca de 2,5 milhões de anos. Alimentavam-se não só de raízes e sementes, mas também de carne. Foin o primeiro hominídeo a povoar a Europa e a Ásia.
Pesquisa: Patrícia, grupo 14 (9º ano)
O RIO NILO
O rio Nilo localiza-se no continente africano. Nasce na região central da África, no lago Vitória, atravessando a região central do nordeste do continente
Atravessa três paises africanos: Uganda, Sudão e Egito. Desemboca em formato de delta, no mar Mediterrâneo. O Nilo é o segundo rio mais extenso do mundo com 6.650 km. Vale lembrar que o rio Amazonas é o primeiro nesta categoria. O rio Nilo ganhou o formato que tem hoje no final da era terciária. Ele lança no mar Mediterrâneo uma média de 2.700 m³ de água por segundo. Atualmente, o rio assume uma grande importância, principalmente no Egito. É usado como via de transporte, sistemas de irrigação da agricultura etambém para gerar energia elétrica através da usina hidrelétrica de Assuã.
O rio Nilo foi de extrema importância para o desenvolvimento da sociedade do Egito antigo numa região desértica. O rio assumiu funções prioritárias na sociedade. Os egípcios usavam a água para beber, pescar, irrigar a agricultura( através de canais de irrigação). Após aa cheia do rio, ficava nas margens um lodo fértil (húmus) que fertilizava o solo para o plantio.
Pesquisa: Patrícia, grupo 14 (9º ano)
Império Mali
Um dos grandes impérios da África Ocidental foi o do povo mali, também denominado como malinque e mandinga. Foi um Estado próximo ao rio Níger, que dominou esta região nos séculos XIII e XIV. De três impérios consecutivos, este foi o mais extenso territorialmente, comparado com o de Songhai e o de Gana.
O antigo reino de Gana desapareceu em 1076 e aí ergueu-se o maior de todos os impérios medievais africanos, o Império Mali. Gana foi-se mantendo sob o governo dos berberes e dos muçulmanos até 1240, quando o rei do Mali, Sundiata Keita, acabou por conquistá-lo. Sundiata era um mandingo, um dos grupos que ainda vivem no Mali atual.
O Mali ficou famoso entre os povos do mar Mediterrâneo pela notícia da fantástica peregrinação de seu rei, o mansa Musa. Ele atravessou o Saara com sua corte para ir a Meca, em quarenta dias sem reabastecimento. Muitos historiadores islâmicos registraram o acontecimento e foram relatadas pelos mercadores italinos que estavam no Cairo e testemunharam a chegada da caravana na cidade.
A expressão malê, derivada do iorubá imale, era o termo usado para designar os negros muçulmanos que sabiam ler e escrever em árabe. Eram muitas vezes mais instruídos que seus senhores. No Brasil, foram responsáveis pela chamada Revolta dos Malês. Eram encontrados na Bahia em maior número e eram muito altivos.
Pesquisa: Elvira, Patrícia, Jacqueline e Fernanda, grupo 14 (9º ano) e José Tallyson, grupo 13 (8º ano)
Moçambique.
Moçambique é um país da costa oriental da África Austral, limitado a norte pela Zâmbia, Malauí e Tanzânia, a leste pelo canal de Moçambique, tem vários vizinhos,entre eles: as Comores, Madagascar, a possessão francesa de Mayotte e o também departamento francês de Reunião, através das suas dependências Juan de Nova, Bassas da Índia e Ilha Europa. Foi colônia e província ultramarina de Portugal, teve sua independência em 25 de junho de 1975. Faz parte da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. Sua capital e maior cidade é Maputo.
Pesquisa: Mirla, grupo 14 (9º ano) e Tallyson, grupo 13 (8º ano)
Ahistória da África.
A história da África é conhecida no ocidente por escritos que datam da antiguidade clássica. No entanto vários povos deixaram testemunhos ainda mais antigos das suas civilizações. Os mais antigos fósseis dos hominídeos foram encontrados na África com cerca de 5 milhões de anos.
O Egito foi provavelmente o primeiro Estado a constituir-se na África a cerca de cinco mil anos, mas muitos outros reinos e cidades-estados se foram sucedendo nesse continente ao longo dos séculos.
A África foi desde a antiguidade procurada por povos doutros continentes, que buscavam as suas riquezas, por vezes ocupando partes do “continente negro” por longos períodos. A estrutura atual da África, no entanto, é muito recente_meados do século XX_ e resultou da colonização européia.

Pesquisa: Mirla, grupo 14 (9º ano).
A África é conhecida como um lugar de artesanato, mas lá existem muitas coisas, sejam elas boas ou ruins. Muitas pessoas acham que o artesanato serve só para enfeite, mas os africano usam o artesanato diariamente: vasos de barro, pintura, tecidos. Os europeus inventaram algo diferente, quadros e outras coisas que são arte que podem ser expostas em vários lugares, como casas de pessoas muito ricas e museus. Os europeus difundiram a idéia de que os povos africanos são inferiores a outros povos. Pense na arte que esses povos criaram: será que os africanos são mesmo insensíveis e pouco inteligentes? O que você acha?
Nós temos vários instrumentos musicais de origem africana:BERIMBAU, CHOCALHO, TAMBOR, CAXIXI e AGOGÔ. O berimbau é o instrumento mais importante na capoeira, uma luta misturada com dança de origem africana. Os povos africanos influenciaram muito a cultura brasileira.
(17 de junho de 2008)
Althiane, grupo 13 de 2008.
ESCOLA MUNICIPAL LUÍS VIANA FILHO
ÁREA: HISTÓRIA
PROFª ANA EMIDIA SOUSA ROCHA


MÓDULO II
HISTÓRIA DA ÁFRICA

JUNHO DE 2009

A África é um enorme continente com mais de 30 milhões de quilômetros quadrados, dividido por mais de 50 países, onde se falam mais de 2.000 idiomas e vivem cerca de 900 milhões de habitantes. Então, é claro que a África não se resume aos cenários de “O Rei Leão” e “Madagascar”. Neste grande continente existem vulcões, desertos, neve, rios e lagos gigantescos, montanhas, savanas, selvas e grandes cidades (maiores que São Paulo). Cada lugar tem suas características e cada povo é ímpar.
Essa variedade fez com que os diferentes povos tivessem condições de vida e costumes diferentes, ainda hoje existem povos vivendo nas florestas. Como a abundância e a diversidade de recursos naturais em alguns ambientes tem permitido aos seres humanos viverem sem muito esforço, sem a necessidade de transformá-los para usufruí-los, povos de outros continentes têm, erroneamente, imaginado os africanos como povos primitivos. Esse preconceito também serviu como pretexto para dominar e colonizar a África.
Contrapondo-se a esse pensamento, a História mostra que as primeiras civilizações surgiram na África, bem como o aproveitamento agrícola sistemático de alimentos, a
aproveitamento do ouro e do cobre, os primeiros conhecimentos de medicina, o teatro. Como chamar esses povos de primitivos?
A História tradicional diz que sem escrita não há História. Isso define a Pré-História como aquilo que aconteceu antes da invenção da escrita. Contudo, hoje, a História sabe que existem outros documentos além dos escritos, as provas não-escritas de que fatos realmente aconteceram, tais como: relatos orais, objetos deixados pelas antigas civilizações, construções, evidências naturais, etc. Assim, não cabe mais classificar os povos africanos como primitivos.
Existiram muitos reinos na África, que foram depois divididos e sucedidos por alguns dos países que existem hoje. Infelizmente, os Estados que formam o continente invenção de instrumentos agrícolas, o trabalho do ferro, a invenção da cerâmica, da mineração atualmente foram criados arbitrariamente por países europeus, segundo seus próprios interesses e sem benefícios para os povos africanos; muitas vezes nações inimigas foram circunscritas no mesmo território, o que causou e causa ainda muitas guerras entre os povos.
Entre os antigos reinos africanos, estavam os reinos de Ilê-Ifé. Benim, Congo e os impérios do Mali e Moçambique.

O reino de Ilê-Ifé foi grandioso entre os séculos XII e XVI, seu soberano também era o chefe religioso do povo, teve duas cidades de destaque: Ifé( uma cidade sagrada para os povos iorubas) e Oió, a cidade natal do rei Xangô. Este reino influenciou muitos povos na África e também na América Central e do Sul, através do culto dos orixás (ancestrais importantes que foram elevados a ajudantes do divino e que incorporaram qualidades das forças da Natureza). Em muitos museus existem estátuas de terracota e bronze provenientes de Ilê-Ifé.
O reino do Benim atingiu seu esplendor no século XV. Sua capital, Edo era uma cidade enorme, cortada por uma avenida oito vezes mais larga do que as de Amsterdã, assim como suas ruas laterais. As casas eram construídas com adobe. Os artesãos trabalhavam cobre e latão e produziam belas estátuas, que revelam o alto nível de desenvolvimento artístico e tecnológico desse povo.

Após muitas lutas pela sucessão do rei, o reino se fragmentou e deu origem, entre outros, ao reino do Daomé. Neste novo reino, Portugal ergueu uma fortaleza e um dos mais ativos centros de tráfico de escravos!
O império do Mali, foi um dos maiores da África Ocidental. Era um reino de religião islâmica; uma das cinco obrigações de um islâmico ou muçulmano é visitar Meca (na Arábia Saudita, terra natal de Mohammed, profeta do Islã), na visita que o mansa Musa fez a Meca levou tanto ouro para o Cairo que o seu preço de mercado caiu! Isto mostra como o Mali era rico.

O reino fragmentou-se, dando origem a cinco reinos e perdeu uma parte do território para o império de Songai, em 1449, que mais tarde foi invadido pelo Marrocos. O invasor vendeu grande parte da população conquistada como escrava para a América. A parte da populaçõa resistente habita hoje Burquina-Faso e Mali.
O reino do Congo foi encontrado pelos portugueses, que sendo bem recebidos convenceram a corte congolesa a trocar sua religião pelo catolicismo e a estudar em Portugal. Assim, conseguiram europeizar o Congo, que passou a usar nomes próprios em português e mudou o nome da sua capital.
Os traficantes de escravos incitaram várias guerras pela sucessão do trono e assim conseguir suas vítimas. Dessas sucessões a rainha mais famosa é Nzinga ou Ginga, rainha católica angolana que lutou contra a escravização de seu povo e conseguiu juntar outros líderes na sua luta. Ela é homenageada nos folguedos do nordeste brasileiro.

O reino do Congo alimentou o Brasil de escravos durante o período de colônia e também depois da independência, com seus cidadãos sequestrados. Suas terras integram o Congo, a República Democrática do Congo e Angola.
Existiram muitas outras nações e povos importantes na África, procure saber mais sobre eles! É de lá que todas e todos nós viemos; vale a pena conhecer o continente que deu origem à Humanidade.
FONTES:
BENJAMIN, Roberto.A áfrica está em nós:história e cultura afro- brasileira-3. João Pessoa: Editora Grafset, 2006.
Material do curso de especialização em História das culturas Afro-Brasileiras, em: www.ead.ftc.br

quinta-feira, 18 de junho de 2009

CAPOEIRA



Artist / Artista: Natiruts
Title of Lyrics / Titulo da Música
Palmares 1999




A cultura e o folclore são meus
Mas os livros foi você quem escreveu
Quem garante que palmares se entregou
Quem garante que Zumbi você matou
Perseguidos sem direitos nem escolas
Como podiam registrar as suas glórias
Nossa memória foi contada por vocês
E é julgada verdadeira como a própria lei
Por isso temos registrados em toda história
Uma mísera parte de nossas vitórias
É por isso que não temos sopa na colher
E sim anjinhos pra dizer que o lado mal é o candomblé
A energia vem do coração
E a alma não se entrega não
A energia vem do coração
E a alma não se entrega não
A influência dos homens bons deixou a todos ver
Que omissão total ou não
Deixa os seus valores longe de você
Então despreza a flor zulu
Sonha em ser pop na zona sul
Por favor não entenda assim
Procure o seu valor ou será o seu fim
Por isso corre pelo mundo sem jamais se encontrar
Procura as vias do passado no espelho mas não vê
E apesar de ter criado o toque do agogô
Fica de fora dos cordões do carnaval de salvador
A energia vem do coração
E a alma não se entrega não
A energia vem do coração
E a alma não se entrega não

Fonte: http://www.hipermusicas.com/natiruts/palmares_1999/#YouTube

CAPOEIRA





.A influência da cultura negra: os afro-descendentes, assim como os povos pioneiros(índios) e brancos-europeus, influenciaram a cultura brasileira, sobretudo na Bahia que recebeu maior número de africanos escravizados. vejamos algumas manifestações culturais de influência afro-descendente:
candomblé;
capoeira;
instrumentos musicais, como berimbau, agogô, reco-reco, pandeiro, tambor, adjá, aguê;
vestimentas e adornos: bata, colares, pulseiras de contas;
alimentação: azeite-de-dendê, acarajé, abará, caruru;
samba.

ACESSE: www.acordacultura.org.br www.afroasia.ufba.br

LEIS DE POUCO EFEITO




Algumas leis foram promulgadas pelo governo brasileiro para acalmar os ânimos dos movimentos abolicionistas que vinham pressionando o governo a acabar com a escravidão. Vejamos quais foram:
Lei Euzébio de Queiroz(1850): proibia que negros africanos entrassem no Brasil como esccravos a partir de sua publicação;
Lei do Ventre Livre (1871): deixava livres todas as crianças nascidas a partir daquela data;
Lei dos Sexagenários (1885): declarava livres todas e todos que atingissem 65 anos a partir de sua publicação;
Lei Áurea (1888): aboliu a escravatura no Brasil.
Agora vejamos porque essas leis surtiram pouco efeito:
Lei Euzébio de Queiroz: não saiu do papel, africanos escravizados continuaram chegando ao Brasil; existem registros de tráfico até 1856 e em 1854 foi promulgada a lei Nabuco de Araújo, que previa sanções para as autoridades que encobrissem o contrabando de escravos( o que evidencia a continuação do contrabando!). Além disso a lei de 1850 foi regulamentada em 1853 por um Decreto que dizia que todo africano introduzido no país ilegalmente deveria trabalhar 14 anos para o governo brasileiro(como escravo!) para financiar seu retorno a sua terra.
Lei do Ventre Livre: as crianças nascidas após a promulgação da lei deveriam ficar sob a tutela dos senhores da mãe até os 21 anos, vivendo na senzala e cumprido mandados gratuitamente durante esse tempo. Os senhores poderiam escolher entregar a criança para que o Estado a criasse, pagando uma quantia de indenização (será que fariam isso?). Entretanto, ninguém foi liberto realmente por esta lei, já que dezessete anos após sua promulgação veio a Lei Áurea, todos foram “libertos” por ela! Somando-se a tudo isso ainda há registros de que após essa lei a mortalidade infantil aumentou entre os escravizados, pois passaram a ter menos cuidados com os recém-nascidos.
Lei dos Sexagenários: a lei dizia que os escravos entre 60 e 65 anos de idade deveriam prestar serviços a seus senhores por 3 ano e entõ seriam libertados; acontece que, com os maus-tratos e exaustão pelo trabalho, raros escravos chegavam a essa idade. O ex-escravo nessa idade não conseguia mais trabalhar para seu sustento, o senhor não era obrigado a sustentá-lo e outros senhores preferiam empregar os imigrantes europeus a velhos negros.
O ponto positivo foi que para burlar a Lei Eusébio de Queiroz, muitos senhores registravam seus escravos novos como sendo mais velhos, então , muitos escravos novos foram libertados como sendo sexagenários. Luís Gama conseguiu libertar vários escravos com esse argumento.
Lei Áurea: antigas leis proibiam o negro de frequentar a escola e de possuir terras, a lei de 1888 não as revogou e nem deu aos recém libertos segurança, moradia, emprego, educação, atendimento de saúde, liberdade de culto, não lhes deu cidadania e dignidade.

“Várias foram as revoltas empreendidas por escravos africanos, objetivando a liberdade. As autoridades da época respondiam com perseguições e medidas mais práticas para evitar revoltas e fugas de escravos. O combate a qualquer forma de resistência por conta do escravos africanos era uma grande preocupação das autoridades.”
(Extraído de:FTC EAD. Material do curso de Especilização em História das Culturas Afro-Brasileiras-Módulo 6: Sociedades Quilombolas e Rsistência Negra)




Luíza Mahin: mulher guerreira. Luíza Mahin, mãe de Luís Gama, era africana, livre, uma mulher inteligente e rebelde; sua casa era quartel general das principais revoltas negras de Salvador (séc. XIX). Participou da Revolta dos Malês, em 1835, que foi impedida pela Guarda Nacional, Luíza conseguiu fugir da Bahia para o Rio de Janeiro, onde participou de outras rebeliões. Depois disso não se obteve nenhuma notícia sobre ela.

Quilombo
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
A palavra "quilombo" tem origem nos termos "kilombo" (Quimbundo) ou "ochilombo" (Umbundo), presente também em outras línguas faladas ainda hoje por diversos povos Bantus que habitam a região de Angola, na África Ocidental. Originalmente, designava apenas um lugar de pouso utilizado por populações nômades ou em deslocamento; posteriormente passou a designar também as paragens e acampamentos das caravanas que faziam o comércio de cera, escravos e outros itens cobiçados pelos colonizadores.

Foi no Brasil que o termo "quilombo" ganhou o sentido de comunidades autónomas de escravos fugitivos. Havia escravidão, porém, em alguns quilombos.

Tradicionalmente, os quilombos eram das regiões de grande concentração de escravos, afastados dos centros urbanos e em locais de difícil acesso. Embrenhados nas matas, selvas ou montanhas, esses núcleos se transformaram em aldeias, dedicando-se à economia de subsistência e às vezes ao comércio, alguns tendo mesmo prosperado. Existem registros de quilombos em todas as regiões do país. Primeiramente um destaque especial ao estado de Alagoas, mais precisamente no interior do estado na cidade de União dos Palmares, que até hoje concentra o principal e maior quilombo que já existiu: o quilombo dos Palmares. Segundo os registros existem quilombos nos seguintes estados brasileiros: Pernambuco, Bahia, Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Rio de Janeiro e São Paulo.

Os seus habitantes, denominados de "quilombolas", eram originalmente agrupamentos de ex–escravos fugidos de seus senhores desde os primeiros tempos do período colonial. Em algumas épocas e locais, tentaram reproduzir a organização social africana, inclusive com a escolha de reis tribais.

Embora a abolição tenha sido oficialmente alcançada em 13 de maio de 1888, alguns desses agrupamentos chegaram aos nossos dias, graças ao seu isolamento. Outros transformaram-se em localidades, como por exemplo Ivaporanduva, próximo ao rio Ribeira de Iguape, no estado de São Paulo.

A maioria dos quilombos tinha existência efêmera, pois uma vez descobertos, a sua repressão era marcada pela violência por parte dos senhores de terras e de escravos, com o duplo fim de se reapossar dos elementos fugitivos e de punir exemplarmente alguns indivíduos, visando atemorizar os demais cativos.

Escravidão na Antiguidade
Mercadores de escravos analisando os dentes da escrava, por Jean-Léon Gérôme


A escravidão era uma situação aceita e logo tornou-se essencial para a economia e para a sociedade de todas as civilizações antigas, embora fosse um tipo de organização muito pouco produtivo. A Mesopotâmia, a Índia, a China e os antigos egípcios e hebreus utilizaram escravos.

Na civilização grega o trabalho escravo acontecia na mais variada sorte de funções, os escravos podiam ser domésticos, podiam trabalhar no campo, nas minas, na força policial de arqueiros da cidade, podiam ser ourives, remadores de barco, artesãos etc. Para os gregos, tanto as mulheres como os escravos não possuíam direito de voto.Muitos dos soldados do antigo império romano eram ex-escravos.

Escravidão na América Pré-Colombiana


Nas civilizações pré-colombianas (asteca, inca e maia) os escravos não eram obrigados a permanecer como tais durante toda a vida. Podiam mudar de classe social e normalmente tornavam-se escravos até quitarem dívidas que não podiam pagar. Eram empregados na agricultura e no exército. Entre os incas, os escravos recebiam uma propriedade rural, na qual plantava para o sustento de sua família, reservando ao imperador uma parcela maior da produção em relação aos cidadãos livres.

Escravidão moderna e contemporânea


No Brasil, a escravidão começou com os índios. Os índios escravizavam prisioneiros de guerra muito antes da chegada dos portugueses; depois da sua chegada os índios passaram a comerciar seus prisioneiros com os europeus. Mais tarde os portugueses recorreram aos negros africanos, que foram utilizados nas minas e nas plantações: de dia faziam tarefas costumeiras, a noite carregavam cana e lenha, transportavam fôrmas, purificavam, trituravam e encaixotavam o açúcar.

O comércio de escravos passou já tinha rotas intercontinentais na época do Al-Andalus e mesmo antes durante o Império Romano. Criam-se novas rotas no momento em que os europeus começaram a colonizar os outros continentes, no século XVI e, por exemplo, no caso das Américas, em que os povos locais não se deixaram subjugar, foi necessário importar mão-de-obra, principalmente da África.

Nessa altura, muitos reinos africanos e árabes passaram a vender escravos para os europeus. Em alguns territórios brasileiros, o índio chegou a ser mais fundamental que o negro, como mão-de-obra. Em São Paulo, até o final do século XVII, quase não se encontravam negros e os documentos da época que usavam o termo "negros da terra" referiam-se na verdade aos índios.

Com o surgimento do ideal liberal e da ciência económica na Europa, a escravatura passou a ser considerada pouco produtiva e moralmente incorreta. Em 1850 foi feita, no Brasil, a Lei Eusébio de Queirós que impunha punição aos traficantes de escravos, assim nenhum escravo mais entrava no país; em 1871 foi feita a Lei do Ventre Livre que declarava livre os filhos de escravos nascidos a partir daquele ano, e em 1885 a Lei dos sexagenários, que concedia liberdade aos maiores de 60 anos. E mais tarde fez surgir o abolicionismo, em meados do século XIX. Em 1888, quando a escravidão foi abolida no Brasil,pela Lei Áurea, ele era o único país ocidental que ainda mantinha a escravidão legalizada. A Mauritânia foi, em 1981, o último país a abolir, na letra da lei, a escravatura.

A escravidão é pouco produtiva porque, como o escravo não tem propriedade sobre sua própria produção, ele não é estimulado a produzir já que isto não irá resultar em um incremento no bem-estar material de si mesmo.

Segundo o National Geographic, há mais escravos hoje do que o total de escravos que, durante 4 séculos, fizeram parte do tráfico transatlântico. [2]

Escravidão
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Ir para: navegação, pesquisa
Três escravos abissínios encadeados. A Sociedade Anti-Escravagista estima que havia dois milhões de escravos na Etiópia, no início da década de 1930, numa população estimada entre 8 e 16 milhões de pessoas.[1]
Escrava sendo leiloada na Antigüidade, em quadro do pintor francês Jean-Léon Gérôme.
Escravos do nazismo, num campo de concentração em Wobbelin.

A escravidão (denominada também escravismo, escravagismo e escravatura) é a prática social em que um ser humano tem direitos de propriedade sobre outro designado por escravo, ao qual é imposta tal condição por meio da força. Em algumas sociedades desde os tempos mais remotos os escravos eram legalmente definidos como uma mercadoria. Os preços variavam conforme o sexo, a idade, a procedência e destino, pois os que iam para as minas de ouro valiam muito mais.

O dono ou comerciante pode comprar, vender, dar ou trocar por uma dívida, sem que o escravo possa exercer qualquer direito e objeção pessoal ou legal, mas isso não é regra. Não era em todas as sociedades que o escravo era visto como mercadoria: na Idade Antiga, haja vista que os escravos de Esparta, os hilotas, não podiam ser vendidos, trocados ou comprados, isto pois ele eram propriedade do Estado espartano, que podia conceder a proprietários o direito de uso de alguns hilotas; mas eles não eram propriedades particulares, não eram pertencente a alguém, o Estado que tinha poder sobre eles. A escravidão da era moderna está baseada num forte preconceito racial, segundo o qual o grupo étnico ao qual pertence o comerciante é considerado superior, embora já na Antiguidade as diferenças raciais fossem bastante exaltadas entre os povos escravizadores, principalmente quando havia fortes disparidades fenotípicas. Enquanto modo de produção, a escravidão assenta na exploração do trabalho forçado da mão-de-obra escrava. Os senhores alimentam os seus escravos e apropriam-se do produto restante do trabalho destes.

A exploração do trabalho escravo tornou possível a produção de grandes excedentes e uma enorme acumulação de riquezas, estando, assim, na base do desenvolvimento económico e cultural que a humanidade então conheceu: construíram-se diques e canais de irrigação, exploraram-se minas, abriram-se estradas, construíram-se pontes e fortificações, desenvolveram-se as artes e as letras. Nas civilizações esclavagistas, não era pela via do aperfeiçoamento dos métodos de produção que os senhores de escravos procuravam aumentar a sua riqueza; e os escravos, sem qualquer interesse nos resultados do seu trabalho, não se empenhavam na descoberta de técnicas mais produtivas. O aumento de riqueza realizava-se mediante a conquista de novos territórios, capazes de fornecer escravos em maior número e mais impostos ao fisco. Contudo arruinavam os pequenos proprietários livres que, mobilizados pelo serviço militar obrigatório, eram obrigados a abandonar as suas terras, das quais acabavam por ser expulsos por dívidas, indo elas engrossar as grandes propriedades cultivadas por mão-de-obra escrava. Criando-se, assim, enormes massas empobrecidas e sem meios de ganhar a vida, que os senhores de Roma iam entretendo distribuindo pão e circo.

As novas conquistas e os novos escravos que elas propiciavam começaram a ser insuficientes para manter de pé o pesado corpo da administração romana. os conflitos no seio das classes de homens livres começam a abalar as estruturas da sociedade romana, com as lutas entre os patrícios e a plebe, entre latifundiários e comerciantes, entre colectores de impostos e agricultores arruinados, aliados aos proletarii das cidades. Ao mesmo tempo começa a manifestar-se o movimento de revolta dos escravos contra os seus senhores e contra o sistema esclavagista, movimento que atingiu o ponto mais alto com a revolta de Espártaco (73-71 a.C.). Desde o século II a necessidade de ter receitas leva Roma a organizar grandes explorações de terra e a encorajar a concentração das propriedades agrícolas, desenvolvendo o tipo de exploração esclavagista.

Generaliza-se o pagamento em espécie aos funcionários com Diocleciano, utilizando o Estado directamente os produtos da terra, sem os deixar passar pelo mercado, cuja importância diminui, justificando a tendência dos grandes proprietários para se constituírem em economias fechadas, de dimensões cada vez maiores, colocando-se os pequenos proprietários sob a asa dos grandes. Em troca da fidelidade e da entrega dos seus bens, os camponeses mais pobres passavam a fazer parte da família dos grandes donos que se obrigavam a protegê-los e a sustentá-los. deste modo, de camponeses livres transformavam-se em servos, começando a delinear-se assim os domínios senhoriais característicos da Idade Média.
“Da África para o Brasil, os negros eram transportados nos porões de navios negreiros ou tumbeiros. Sem higiene e mal alimentados, muitos morriam durante a viagem e eram lançados ao mar.
Sentiam saudade e solidão. Eles habitavam diferentes regiões africanas, pertenciam a diferentes tribos (?) e, portanto, não se conheciam, nem falavam a mesma língua.
Propositadamente, os traficantes reuniam negros de diferentes famílias e de diferentes tribos, pois os portugueses temiam que eles pudessem se unir para organizar revoltas.”
“Na Bahia, a maioria dos colonos comprava escravos para trabalhar nos engenhos de açúcar do Recôncavo. Alguns os compravam para revender, alugar ou trocar.
O negro escravo não tinha nenhum direito sobre sua própria vida. Pertencia a seu senhor, que impunha sua língua, sua religião e seus costumes. Além disso, humilhava-o e aplicava-lhe castigos impiedosos (...)
No engenho, os escravos moravam na senzala, construção precária onde se amontoavam até mais de cinquenta pessoas. Muitas delas não tinham janelas, mas pequenos orifícios bem altos e gradeados.”
(Albani Galo Diez.Segredos da Bahia )

Atlântico Negro realiza viagem às raízes da religiosidade brasileira

O vídeo é o primeiro de uma série sobre as relações Brasil-África

Um relato realista e comovente das relações entre Brasil e África inspirou o videomaker Renato Barbieri e o historiador Victor Leonardi a criar uma série de quatro documentários chamada Atlântico Negro.

O primeiro filme da série, feito em vídeo, Na Rota dos Orixás, entra em cartaz depois de ser elogiado no 31º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro e de participar de eventos como o Dia Nacional da Consciência Negra.

Na Rota dos Orixás apresenta a grande influência africana na religiosidade brasileira. Na fita, Renato Barbieri mostra a origem de as raízes da cultura jêje-nagô em terreiros de Salvador, que virou candemblé, e do Maranhão, onde a mesma influência gerou o Tambor de Minas.

Um dos momentos mais impressionantes deste documentário é o encontro de descendentes de escravos baianos que moram em Benin, um país africano desconhecido para a maioria do brasileiros, mantendo tradições do século passado.

ATLÂNTICO NEGRO – NA ROTA DOS ORIXÁS

País de Origem: Brasil

Ano: 1998

Duração: 54min

Diretor: Renato Barbieri.



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A população afro-brasileira é descendente dos negros africanos que foram sequestrados e trazidos como escravos para o Brasil. Na Bahia podemos ver os traços africanos por toda parte, na cultura, na cor da pele, na religião, na língua do povo baiano. Os negros vieram de várias partes da África, falavam diferentes línguas, tinham diversas culturas e crenças. Na África eles eram livres. Infelizmente, aqui no Brasil temos o mal hábito de relacionar os negros à escravidão; se pensarmos bem, a escravidão na América colonial foi inventada pelos brancos-europeus, então, se fôssemos relacionar alguém a ela deveria ser o branco, não?
Dentre os negros africanos que foram trazidos para a Bahia destacam-se:
* nagôs ou iorubás: eram facilmente indetificáveis devido ao candomblé. Originários da região do atual Benim;
* Angolanos: reconhecíveis pela capoeira, provenientes do antigo reino o Congo;
* Hauçás ou malês: diferenciavam-se por serem islamizados, saberem ler e escrever; lideraram a Revolta dos Malês.
Na aula nós assistimos ao vídeo: Atlântico Negro.




3.A influência do colonizador: Além da influência cultural dos povos indígenas e africanos, também a temos dos europeus; no caso da Bahia, dos portugueses que para aqui vieram. Os portugueses que vieram para o Brasil no começo da colonização pertenciam a vários grupos sociais:
ricos ou nobres: donatários, governadores e altos funcionários da administração;
pobres: colonos (que vieram plantar cana e fabricar o açúcar) e soldados;
religiosos: jesuítas, que tinham a missão de dar assistência religiosa aos colonos e ensinar aos índios a fé cristã, a língua e os costumes portugueses.


Vejamos como essas pessoas e seus descendentes influenciaram a cultura brasileira:
na construção das casas: a técnica da taipa, na qual se constrói a casa com varas e barro; a planta das casas térreas e sobrados tradicionais da Bahia: porta principal, que se comunica diretamente com a sala de visita, longo corredor, tendo nas laterai os quartos mal-iluminados, seguido de sala de jantar, a cozinha e o banheiro ficam fora da casa. Essas casas eram construídas uma ao lado da outra, em série.
na alimentação: a marmelada portuguesa deu origem à goiabada e à bananada; doces feitos com muitos ovos são portugueses, olho-de-sogra, fios-de-ovos; o uso de louros, azeite, cebola e azeitona como tempero.
construção de igrejas católicas luxuosas e requintadas.
folguedos e festas de cunho religioso: bumba-meu-boi, terno-de-reis, marujada; festas natalinas, do Divino espírito Santo, de São Benedito, festas juninas.
artesanato, como: bordados com rococó, bainha aberta, ponto cheio, cruz, renda de bilro.
(Adaptado de: Albani Galo Diez. Segredos da Bahia)


A antropofagia: entre outros ídios brasileiros, os Tupinambá tinham o costume de comer a carne de seus inimigos, num ritual que envolvia canto e dança, conhecido como antropofagia.
Naquela época, esse costume era visto como selvageria pelos colonizadores. Hoje em dia, muita gente ainda pensa assim. Mas, para os estudiosos e para as pessoas que respeitam as diferenças culturais, a antrpofagia não é vista como um ato desumano.
Uma das interpretações para esse ritual é que, ao comer a carne dos inimigos, os índios acreditavam adquirir seus poderes e sua coragem.
Para muitas tribos indígenas, ao cair prisioneiro de uma tribo inimifga, enfrentar a morte honradamente era uma demonstração de heroísmo.
(www.indiosdobrasil.br)


Resistência Indígena

MOMENTOS DA RESISTÊNCIA DOS NATIVOS FRENTE A "VERDADEIRA" FÉ CIRSTÃ NO BRASIL COLONIAL

O principal interesse da coroa portuguesa, no sentido de "descobrir" novas terras, era o de estabelecer novas rotas comerciais. O Brasil, Terra de Santa Cruz, Terra de Vera Cruz, carregava estes nomes não por acaso. Os portugueses, desde à tomada de Celta em 1415, carregavam consigo o espírito das cruzadas. As embarcações da expedição cabralina trazia a cruz da Ordem de Cristo estampada em suas velas. D. Manuel I, então rei de Portugal, era também Grão -- Mestre da Ordem de Cristo.

Em 1500, sob o comando de Pedro Álvares Cabral, o Brasil foi batizado com a fixação em terra da primeira cruz, seguida da reza da primeira missa, proferida, na ocasião, pelo frei Henrique de Coimbra, um franciscano.

Portanto, a religiosidade sempre esteve presente no processo de colonização dos portugueses.
Bahia, na primeira metade do século XVI

Os navegadores portugueses, além da beleza, encontraram também os homens gentios, assim denominados por Manuel da Nóbrega, que representava um dos quadros da Companhia de Jesus, fundada e 1534 por Inácio de Loyola. Era da incumbência de Nóbrega a Missão no Brasil, além da educação dos filhos de colonos. Todas atividades que a Companhia de Jesus realizava era peara glória de Deus, um lema dos soldados de Cristo.

A primeira impressão deixada pelos nativos na visão dos viajantes era de que estes homens gentios não possuíam qualquer vínculo religioso, ou seja, não adoravam nenhum tipo de Deus, nenhuma santidade, ou até mesmo um ídolo. Voltaremos a tratar deste aspecto mais afrente. No entanto, não demoraria muito tempo para que este conceito elaborado pelos portugueses caíssem por terra.

Ronaldo Vainfas, um renomado estudioso de assuntos coloniais do Brasil, trata desta dimensão da religiosidade dos índios deste período. Com muito brilhantismo e competência, o autor reúne fontes fidedignas que nos revela à preocupação, por parte dos portugueses - jesuítas, após terem se apercebidos da estrutura ritual religiosa contida nos Tupinanbás -- tupi, tribo que iremos nos concentrar neste humilde trabalho.

A principal tarefa dos portugueses - inacianos no Brasil seria a de "organizar" os índios, trazê-los para a verdadeira fé cristã, para que assim, costumes como a poligamia, a antropofagia, o andar sem roupas, dentre outros, fosses extirpados. Havia unanimidade quanto ao entendimento, por parte dos jesuítas, que tal feito seria fácil, visto que, segundo Nóbrega, estes nativos não adoram nenhum Deus, dizia ele: "são como papel branco, onde podemos escrever à vontade", eram os tupinambás.


Entretanto, não demorou muito para os padres se conscientizarem quanto às dificuldades que os aguardara, eles achavam que os índios eram governados sim, mas pelo demônio, seria, portanto, um trabalho árduo e, sobretudo, perigoso.

O fato é que os jesuítas não tinham muito tempo para o feito "missionário", pois a colonização precisava de mão -- de -- obra. Em Pernambuco no ano de 1530 a colonização do açúcar já estava funcionando. Temos de um lado a resistência dos índios e do outro as ambições escravistas, na ocasião, para engenhos de açúcar. A verdade é que os índios ficaram entre os apresadores de escravos (mamelucos) e os padres jesuítas. Estes últimos diziam para os pajés que eles, padres, eram os verdadeiros pajés, diziam ainda que os índios não poderiam seguir os mamelucos, por outro lado, estes apresadores também instaram os nativos para que não ouvissem os jesuítas.

Os índios ora ouviam os apresadores, ora os padres, mas em outras oportunidades não ouviam nem um nem outro, travando assim, uma guerra que terminava com rituais antropofágicos.

Os colonizadores, segundo Vainfas, ficaram impressionados com a descoberta de um dos rituais dos tupis, denominado santidade. Para os índios esta santidade era a constante procura da Terra sem Mal, um espaço sagrado, o tempo sagrado, que se renova eternamente, sem conhecimento de sua origem e fim.

Essas descrições estavam presentes pela santidade Jaguaripe (movimento que desenvolveu-se no recôncavo baiano, conforme veremos), um tipo de idolatria indígena, minuciosamente estudada pelo autor. Era um movimento religioso do século XVI. Vainfas diz que esta santidade era um mito, que se posicionava contra a história, falaremos um pouco mais deste movimento daqui a pouco.

O que podemos ver é, na verdade, uma grande resistência, por parte dos nativos. Uma resistência antiescravista que era absorvida por esta santidade tupi.

Nóbrega conhecera o rito da santidade, logo percebeu o perigo desta dimensão dos nativos, descreveu em 1549 uma cerimônia denominada caraimonhaga, onde o pajé pregava a cultura tupi, revelando para seus seguidores o vindouro "paraíso tupi", a Terra sem Mal. Nóbrega chamou este momento de santidade, tal fenômeno, para ele, era diabólico.

Reconhecendo as sérias dificuldades em "converter" os tupinambás ao cristianismo católico, os jesuítas decidiram substituir a língua sagrada (latim) para estabelecer os procedimentos cristãos por meio da língua tupi, ensinando-a com a ajuda de José de Anchieta que transmitiu aos noviços da Companhia.

Era a denominada "língua geral", que abrigou praticamente todos episódios da atividades cristãs daquele século. Os portugueses fizeram peças teatrais com referências bíblicas, onde então demonizavam os chefes e os costumes indígenas, mostrando para os nativos que o verdadeiro Deus esta com eles, nestas peças o "mal" era vencido pelo bem que estava ao lado do homem branco.

"O catolicismo ensinado e dramatizado em "língua geral" e com base em imagens e significados extraídos da cultura nativa podia ter lá sua eficácia, mormente com os culumins -- as crianças que, pela tenra idade, estavam em condições melhores de aprendizado. Tal método trazia, porém, grandes riscos, sobretudo o risco de o catolicismo fosse assimilado à moda Tupi, canibalizado e devorado como no repasto cerimonial.
A santidade contra a Igreja Católica e os Jesuítas.

Os que aderiam à santidade, aqui inclui-se "negros" da terra (escravos), posicionavam-se contra os senhores e contra os brancos, questionando o Deus católico. O índio Silvestre foi um personagem nesta condição, e acabou açoitado e posto em grilhões pelo seu próprio senhor.

"Os índios zombavam dos padres e dos sacramentos por eles ministradas, alardeando que a verdadeira fé era a sua, assim como deus era o seu ídolo, e santos os seus caraíbas. {Quando os brancos iam ouvir missa} -- contou Álvaro Rodrigues -- {eles (os índios) davam apupadas dizendo que os brancos andava muito tempo errados naquela erronia de cristãos} (...), escrava de um ferreiro em Parpe, costumava zombar da hóstia consagrada e do próprio Deus cristão" ...

Os adeptos da santidade ameaçavam os "nativos traidores" (índios) com as piores penas. Na verdade, uma metamorfose punitiva, como chamou Vainfas, ameaçavam transformar os resistentes em animais, pedras, paus, etc.

O mito da Terra sem Mal, conta o autor, revela o maior inimigo do índio: o homem branco, os portugueses, o cativeiro, sua Igreja dos padres, a lei dos cristãos..., temos, portanto, um sentido anticolonialista, O autor diz também que, paradoxalmente, algumas dimensões do catolicismo também fora absolvido pela santidade, dizendo, por exemplo, da semelhança havida entre a Terra sem Mal e o paraíso celestial cristão.

"a igreja dos índios -- diziam -- era a verdadeira santidade para ir ao céu, porque a dos cristãos era falsa e não merecia que nela se acreditasse".

O fato é que praticamente todo o litoral brasileiro passou a conhecer este termo santidade, e também seu significado. A busca da Terra sem Mal significava uma "guerra" contra os portugueses, contra a escravidão, etc. A mais importante santidade ocorreu no recôncavo baiano, liderada por Antônio, nome de batismo, ancestral dos tupinambá. Esse líder de Jaguaripe, foi um dos exemplos práticos dos perigos da tradução feita pelos jesuítas do catolicismo para ingua e o imaginário Tupi. Antônio entoava cerimônias de batismo, nomeava papas, bailes tribais, orações, sua companheira era chamada de Maria Mãe de Deus, estava, portanto, feita a fusão católica e indígena.

Em suma, a história demonstra as aproximações da Terra sem Mal dos tupis com as alusões jesuísticas, os portugueses católicos que conseguiram enganar os "homens gentios" dizendo sobre a Terra prometida (Jerusalém), quando na verdade, esta terra fora travestida nas fazendas de escravos.

A perseguição do Santo Oficio de Lisboa contra Jaguaripe (idolatrias indígenas) e o Acotundá (idolatrias negras)

O Santo Oficio tinha muito a fazer, conforme afirma Ronaldo Vainfas: "teria de enfrentar não apenas interpretações heterodoxas do divino, mas múltiplos santos pelo avesso". De acordo com o autor, a rigorosidade do Santo Oficio, em suas visitações realizadas na "Bahia de todos os santos", apresentou-se menos intensificada com relação aos negros, de acordo com relatos do Acotundá, tal comportamento, segundo Ronaldo, deve-se principalmente com relação a escravidão que não podia, de forma alguma, sofrer um enfraquecimento.

A perseguição frente aos cristãos novos

Diferentemente aconteceu com os judeus (cristãos novos) convertidos a força por D. Manuel I em 1497 em Lisboa. Muitos destes fugiram para o Brasil, com receio da inquisição instalada em Portugal entre 1536 e 1540.

Esta estratégia dos cristãos novos deu certo por um bom tempo, pois não havia presença da inquisição na colônia. Evaldo Cabral de Mello evidencia que estes judeus foram importantes para o desenvolvimento, sobretudo em Pernambuco, da açucarocracia, termo adotado por este magnífico historiador.

O quadro mudou-se com a visitação em 1591 na Bahia e Pernambuco, enviado pelo Santo Oficio de Lisboa, o visitador Heitor Furtado de Mendonça, para verificar denúncias de heresia contra o catolicismo.

Judaizar em segredo, esta foi uma das inúmeras acusações proferidas por Heitor. Muitos foram julgados e condenados à fogueira. Ana Rodrigues, moradora da Bahia foi sentenciada, ficou trancada em Lisboa até sua morte chegar, segundo relatos, aos 100 anos de idade. Após seu enterro foi decretara sua condenação a fogueira, então desenterram-na e queimaram seus ossos.

A perseguição atravessava o século XVII, os judeus eram criminosos à vista da época. Vainfas revela que a força do judaísmo, com o passar do tempo, foi cada vez mais enfraquecendo, demonstrando-se como cultos superficiais e secretos, como cerimônias domésticas. Segundo o autor, "até mesmo o judaísmo acabou se cristianizando, à moda católica, nessa época, transitando de uma cultura ode letras para uma economia de gestos".

Vainfas diz ainda que os cristãos novos, devido a obrigatoriedade exercida pelos "verdadeiros cristãos de Lisboa", de se seguir o catolicismo, adorando imagens, criou uma revolta muito grande, revolta que muitas vezes era manifestada com maus tratos a imagens de santos, por exemplo, a banalização do crucifixo. Para os "verdadeiros cristãos" os judeus eram os piores hereges, para alguns estudiosos do assunto, afirma o autor, os atos dos cristãos novos nada mais era do que vingança.

Contudo, a vida cotidiana dos colonos no novo mundo não fora nada tranqüila, muito pelo contrário, seja os cristãos novos, seja os inacianos, todos viveram momentos de angústia e indefinições, momentos de constante contato com as dificuldades ora elaboradas por seus costumes, ora por seus inimigos de religião. A verdade é que tanto o céu com o inferno eram atingidos com extrema facilidade, diante de tantas dificuldades no dia -- a dia, os pedidos para santos e derivados eram inúmeros, bastava que um destes pedidos não fossem atendidos para o espírito de rebeldia se manifestar contra os ícones da fé católica cristã.

Fonte: www.historianet.com.br
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http://luiz-mott.blogspot.com/2006/08/um-tupinamb-feiticeiro-do-esprito-santo.html

quarta-feira, 17 de junho de 2009

A princípio, o índio do litoral recebeu o europeu sem hostlidade. Ajudou-o, indicando as fontes de água potável e os frutos comestíveis.E até mesmo depois da posse material das terras do Brasil pelos europeus, nos começos de quase todas as capitanias e ainda no primero governo geral, existiu a colaboração e harmonia do índio com o europeu. Por exemplo: na construção da cidade do Salvador, 1549, muitos índios participaram das obras da primitiva casa de câmara e dos muros de defesa.

Mas, com o passar do tempo, e na medida dos conflitos,essa amistosa surpresa inicial foi substituída pela hostlidade.Da parte do eurpeu ou da parte do índio. O colono europeu queria o índio par o trabalho escravo e não para companheiro de fé católica.
(Luís Henrique Dias Tavares, História da Bahia, p.30)
Como as especiarias indianas estavam enchendo os cofres portugueses, no início do século XV, somente muito depois Portugal abriu os olhos para o Brasil. Para ajudar na administração das terras que Portugal havia tomado para si, o rei português dividiu o Brasil em Capitanias Hereditárias. Essas terras foram confiadas a nobres, os donatários, que o podiam doar parte a portugueses cristãos e que aceitavam a missão de povoar a nova terra e impedir que outros reinos tomassem conta da terra. Muitas pessoas que cometiam infrações, órfãos ou que desagradavam o reino foram mandadas de Portugal para cá. Os homens raptavam e estupravam mulheres índias, os filhos assim gerados desbravavam a terra e subjugavam os povos pioneiros (indígenas). Muitos índios foram mortos, escravizados e tomados de suas famílias.
Os bons costumes dos povo pioneiros do Brasil (índios)
Apesar de serem muito diferentes, os povos pioneiros do Brasil (incluindo os baianos) tinham características comuns. Vejamos:
morar em aldeias;
viver nu e gostar de pintar ou adornar o corpo;
dividir o trabalho entre homens e mulheres;
comer devagar, sem precipitar-se sobre os alimentos;
caçar, pescar e colher frutos do mato para se alimentar;
cortar e depois queimar o mato para fazer a roça;
confeccionar suas próprias armas;
falar baixo e não interromper quem estiver falando;
gostar de cantar e dançar, geralmente para homenagear seus deuses protetores, agradecer pela colheita e pela caça ou festejar um acontecimento importante;
usar instrumentos musicais simples, confeccionados por eles próprios, com materiais encontrados na Natureza;
escolher os chefes (da casa, da família ou da aldeia)entre os mais valentes e experientes;
participar do governo, pois o chefe ouve o povo da aldeia;
construir suas próprias habitações e os poucos objetos que necessitam;
ensinar aos filhos os costumes da tribo;
curar doenças com folhas, cascas de árvores, raízes, banha de animais e com rezas e rituais;
acreditar nos conhecimentos dos pajés;
acreditar em divindades da Natureza(Sol, Lua, trovão, plantas);
dar grande importância aos rios;
banhar-se nos rios diariamente;
desconhecer o dinheiro, o comércio, o lucro;
viver em sistema de comunidade, no qual a caça, a pesca e a coleta são divididos.
Pense bem: Você gostaria de viver como os povos indígenas?
(Adaptado de Segredos da Bahia, de Albani Galo Diez)

Infelizmente muitas coisas ruins aconteceram com os povos pioneiros desde que os portugueses apareceram por aqui. Perderam suas terras, são perseguidos por fazendeiros e garimpeiros, contraíram doenças desconhecidas, perderam seus costumes e suas línguas, foram escravizados. Em 1.500 eles eram cerca de 5 milhões, hoje estão reduzidos a 250 mil pessoas e somente aqueles que vivem bem longe dos centros urbanos é que conseguem conservar seus costumes. Aqueles que moram próximos aos centros urbanos são marginalizados. Na Bahia temos os povos:
Kiriri;
Kaimbé;
Pataxó;
Pancararé;
Pataxó Hã-Hã-Hãe;
Tuxá

terça-feira, 16 de junho de 2009


Na Bahia existiram vários povos indígenas, por exemplo:
Tupinambá e Tupinikim, habitantes do litoral, falavam línguas do tronco Tupi;
Aimoré ou Botocudo, habitantes do interior da planície do litoral, no sul do estado, falantes de línguas do tronco Macro-Jê;
Cariri, habitantes do sertão sanfranciscano (aqui em Irecê, por exemplo!), falantes de línguas do tronco Macro-Jê.
Os índios do litoral foram os primeiros a entrar em contato com os portugueses. Os dois grupos linguísticos citados acima (Tupi e Macro-Jê) influenciaram nossa cultura. Vejamos:

1.Os Tupi:

uso da jangada e da canoa;
hábito de descansar em rede;
gosto por alimentos como: batata-doce, aipim, inhame, beiju e farinha de mandioca;
uso de utensílios domésticos, como: talhas, potes, moringas, panelas de barro e gamelas de madeira;
Nomes: Juraci, Itamar, Paraguaçu, Maragogipe, sabiá, tucano, caju, pitanga, jabuticaba, etc.

2.Os Macro-Jê:

costume de dormir em estrados de madeira;
uso de cabaças como cuias de água e alimentos;
espírito festivo (comum ao nordestino);
bandas de pífaro;
cestarias de cipó;
hábito de reunir-se à noite, ao redor da fogueira, para contar causos;
nomes como: Caruaru, Quixadá, etc.
(Adaptado de Segredos da Bahia, de Albani Galo Diez)

Os donos da terra na Bahia: Quando a esquadra de Cabral chegou à Bahia encontrou muitas pessoas diferentes por aqui: eram os povos pioneiros, que os portugueses chamaram de índios. Isso porque eles achavam que seu único destino era a Índia( que naquela época dava muito lucro para Portugal com as especiarias que trazidas de lá), naquele tempo os portugueses chamavam os indianos_nascidos na Índia_ de índios. Bem, então quando aportaram por aqui, a tripulação pensou que tinham chegado à Índia e chamaram as pessoas de índios.
Os povos pioneiros do Brasil se constituíam de numerosas nações que falavam diversas e variadas línguas e tinham costumes diferentes umas das outras. Eram pessoas que pintavam seus corpos, usavam enfeites de sementes, ossos e dentes, tomavam muitos banhos, andavam nus e tiravam tudo o que precisavam da Natureza. Eram muito diferentes dos europeus, como os portugueses, que usavam roupas e calçados, jóias, chapéus, falavam outra língua e eram cristãos. Os portugueses logo acharam que eram melhores, mais sabidos e civilizados que os povos daqui.




Na aula de História ficamos sabendo que os primeiros habitantes da Bahia foram povos primitivos. Esses povos eram pessoas que, segundo a maioria dos historiadores, saíram da Ásia pelo Estreito de Bering e chegaram à América do Norte e espalharam-se por todo o continente americano, chegando à Bahia. Esses primeiros povos baianos deixaram marcas da sua existência, como por exemplo as pinturas rupestres em cavernas; aqui na Chapada Diamantina já foram encontradas algumas dessas pinturas. Os povos pioneiros da Bahia_índios, assim como de toda a América, são descendentes dos povos primitivos.
Existe uma teoria de que povos africanos atravessaram o Atlântico uma vez e chegaram à América há muitos séculos. Será que os povos pioneiros da Bahia podem ser descendentes de africanos também?